Portugal tem "metodologia razoável" para integração de refugiados - António Guterres
Porto Canal com Lusa
Bruxelas, 15 set (Lusa) - O alto comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, elogiou hoje a "metodologia razoável" adotada por Portugal para receber refugiados, que passa pelo envolvimento de vários setores da sociedade.
"Pode não ser a metodologia ideal, mas é uma razoável", comentou o responsável, numa conferência de imprensa em Bruxelas, em relação à necessidade de os países fazerem uma "integração efetiva" de refugiados.
Na sua recente deslocação a Portugal, Guterres notou a criação de uma plataforma, que mobiliza desde a sociedade civil, à igreja católica, organizações não-governamentais e autarquias para garantirem a integração de refugiados.
Nas propostas de Bruxelas, Portugal deverá receber cerca de cinco mil pessoas.
O dirigente das Nações Unidas insistiu na necessidade de dar atenção à Sérvia, que está a receber milhares de pessoas diariamente, "sem capacidade de absorção e sem ser um país rico", o que pode levar o país a uma "situação impossível".
Caso não se tomem medidas de ajuda à Sérvia, "criam-se oportunidades para contrabandistas" para levarem os refugiados por novas rotas europeias.
"Queremos soluções sustentáveis", argumentou António Guterres reafirmando a sua sugestão de um "plano B" depois da falta de unanimidade, no conselho extraordinário de segunda-feira, entre os ministros do Interior europeus para a recolocação de mais 120 mil refugiados.
"Um plano B é necessário", resumiu o responsável, notando haver países voluntários para receber pessoas, pelo que a recolocação deve aumentar assim que os mecanismos para receber pessoas estejam operacionais.
Guterres quer que as "pessoas possam ser bem recebidas" imediatamente na Grécia e na Itália e que daí se faça a recolocação, ressalvando estar também a apelar aos países do Golfo Pérsico e à América do Norte para receberem refugiados.
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