Eleições: Portas aponta ruturas e convulsões provocadas por acordos entre PS, PCP e BE
Porto Canal com Lusa
O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, pediu hoje ao partido que se dedique a convencer os indecisos e apontou para as "ruturas" e as "convulsões" gerados por eventuais acordos do PS com o PCP e o BE.
No discurso de encerramento da Escola de Quadros centrista, Paulo Portas descreveu a coligação PSD/CDS-PP como uma aliança que se "apresenta de forma centrada e tem um programa moderado", em contraste com o PS, "que se radicalizou manifestamente".
"É o PS que diz pela primeira vez em 40 anos que o país pode ser governado não ao centro, mas com acordos entre o PS e os partidos à esquerda do PS. Legitimamente, nem o PC nem o Bloco aceitam o quadro europeu em que estamos integrados", afirmou Portas.
"Uma instabilidade dessa natureza daria cabo da confiança externa e da confiança interna. Peço-vos que não deixem o país entrar em ruturas dessa natureza ou convulsões dessa ordem", concluiu.
O também vice-primeiro ministro dedicou parte substancial da sua intervenção a falar sobre os indecisos, pedindo ao partido dedicação para os ouvir e convencer e distinguiu vários tipos de indecisos, sendo que nesta parte do discurso se referia a "cidadãos que, sabendo que um país europeu basicamente só é governável ao centro, e com compromissos políticos e sociais, ainda não fizeram a sua opção".
Paulo Portas entrou e saiu do hotel em que decorreu o encerramento da Escola de Quadros, na estância balnear de Ofir, sob os protestos de um grupo de lesados do BES, que se manifestaram ruidosamente com apitos e buzinas.
Jovens do CDS acompanharam a entrada de Portas no carro, gritando "JP, JP", enquanto os lesados elevavam o ruído de gritos, buzinas e apitos, tendo perseguido o carro durante alguns metros.