José Miguel Júdice e a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua dizem que os contribuintes vão pagar as indemnizações depois da venda do Novo Banco.

Um anos após da intervenção no Banco Espírito Santo (BES), José Miguel Júdice, sócio da da sociedade de advogados PLMJ, afirma que "é ainda difícil saber tudo sobre o que realmente aconteceu". O advogado acrescenta que a actuação do Banco de Portugal (BdP) foi marcada “pelo pânico” e que o dinheiro dos contribuintes pode vir ser a solução.

"Não estou a referir-me a eventuais ilícitos criminais ou actos eticamente reprováveis, que serão avaliados e julgados pelas entidades competentes. Refiro-me só à actuação do regulador, que tinha a obrigação de ter percebido, muito mais cedo, o que se passava. E se não actuou antes porque entendeu que havia razões para não criar rupturas que poderiam acarretar sérios riscos, então, Agosto também não era o melhor momento" disse o advogado em declarações ao jornal DN/Dinheiro Vivo, salientando que o Banco de Portugal "interveio ou cedo de mais ou demasiado tarde".