Alexis Tsipras propôs a realização de um referendo interno para a solucionar as divergências no Syriza. Esta proposta foi feita já com uma data em vista no próximo domingo ou então de um congresso extraordinário em Setembro.

No comité central do partido, Tsipras pediu "um congresso aberto e democrático" e tem até ao final desta quinta-feira decidir o destino que a Grécia vai seguir.

No congresso de Setembro espera-se que haja uma maioria clara a favor do acordo com os credores assinado a 13 de Julho, pelo menos é o objectivo de Tsipras. Se o objectivo concretizar-se os analistas afirmam que se poderá marcar eleições antecipadas de forma a recuperar a maioria parlamentar.

Alexis Tsipras afirmou que "não há actualmente, alternativas". "Se alguém achar que outro primeiro-ministro, outro Governo, pode fazer melhor, digam-no abertamente", disse aos opositores internos do Syriza.

"Proponho um congresso de emergência para discutir o que é estarmos no poder enquanto esquerda e a nossa estratégia perante as condições do resgate. Há outra posição [no Syriza], que é respeitada, que não aceita a análise do Governo e acredita que havia uma alternativa no dia 13 de Julho", disse. Considerou que as decisões não devem ser tomadas de forma precipitada, mas que se o partido assim o entender pode ser realizado, já domingo, um referendo interno "sobre este assunto crucial".

"Se não tivermos um objectivo comum, não faz sentido coexistirmos. Manter esta dualidade interna e apoiar-nos noutros partidos [para aprovar medidas no Parlamento] é uma situação que não pode continuar eternamente", concluiu.