Nuno Amado aponta para um segundo semestre difícil com Grécia e eleições
Porto Canal / Agências
"Nós, banco e país, estamos a percorrer um caminho de correção de alguns desajustes estruturais que havia. É um caminho difícil e no segundo semestre temos desafios que têm a ver com o trabalho que temos vindo a fazer, no caminho da sustentabilidade e da recuperação da rentabilidade, num ambiente competitivo muito forte", afirmou o gestor.
Nuno Amado, que falava aos jornalistas durante a apresentação das contas semestrais do BCP, salientou que o próximo semestre vai ser marcado pela "situação da Grécia", que ainda não está resolvida, apontando também para o facto de se realizarem eleições legislativas em outubro.
Quanto ao impacto da situação grega sobre o BCP, Amado destacou que o banco teve "oportunidade de sair da Grécia em condições razoáveis" e atempadamente, evitando as últimas ondas de choque no país helénico.
Na primeira metade do ano, o BCP obteve um resultado líquido de 240,7 milhões de euros, um valor que compara com o prejuízo de 62,2 milhões de euros, apurado em igual período do ano passado.
"Não foi um semestre fácil, foi um semestre difícil, e vai ser um segundo semestre difícil, mas o BCP está a fazer o caminho que tem que fazer", reforçou.
Nuno Amado elogiou ainda a evolução significativa do resultado 'core' bruto em Portugal, isto é, o resultado correspondente à soma da margem financeira e das comissões menos os custos operacionais, com um crescimento de 62,6% para 423,5 milhões de euros.
"Estamos no caminho claro da sustentabilidade do BCP", afirmou, acrescentando que o banco apresenta rácios de liquidez "muito confortáveis".
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