Serviço Antifraude da União Europeia detecta ilegalidades na Tecnoforma

Serviço Antifraude da União Europeia detecta ilegalidades na Tecnoforma
| Política
Porto Canal (AYS)

Ana Gomes, eurodeputada socialista, pediu uma investigação aos fundos atribuídos à Tecnoforma. Os investigadores do Serviço Antifraude da União Europeia detectaram infracções financeiras e penais em fundos atribuídos no tempo em que o primeiro-ministro, Passos Coelho, tinha responsabilidades na empresa.

O Serviço Antifraude da União Europeia foi quem levou a cabo esta investigação e encontrou ilegalidades no período em que Pedro Passos Coelho era administrador e consultor.

A notícia foi avançada pelo jornal "Público" desta quinta-feira e adianta que, após dois anos de trabalho, chegou-se a conclusão que durante o período que o primeiro-ministro teve responsabilidades na empresa houve infracções penais e financeiras nos fundos atribuídos à empresa.

Já foram enviadas as conclusões para o Ministério Público, onde decorre o inquérito, e para a Direcção-Geral do Emprego da Comissão Europeia.
Durante a investigação, estiveram várias vezes em Portugal e pensam que os dirigentes da Tecnoforma praticaram actos capazes de sofrer sanções quer financeiramente quer a nível criminal.

Para recuperar as verbas em causa, a "Luta Antifraude" recomenda uma acção judicial e financeira.

Este organismo limita-se apenas a recomendações de possíveis medidas a tomar por autoridades nacionais ou da União Europeia, anulando assim o carácter obrigatório.

A defesa da Tecnoforma

Sugiram suspeitas a volta da empresa quando houve alegadas acusações de remunerações mensais de cinco mil euros a Pedro Passos Coelho, quando ele era deputado em regime de exclusividade (entre 1995 e 1999).

Após estas denúncias o primeiro-ministro explicou-se no Parlamento e as suas últimas declarações sobre o caso diz que não declarou no registo de interesses de deputado na sua actividade no CPPC (Centro Português para a Cooperação) pois o documento da organização ligada à Tecnoforma à data de entrega ainda não existia. O PCP e outros partidos não ficaram convencidos.

Em conferência de imprensa ,em Setembro, Cristóvão Costa Carvalho, advogado da empresa mostrou interesse da Tecnoforma agir judicialmente contra comentadores e jornalistas, pelo "monstro que criaram e gerou uma grande confusão".

Já em Outubro de 2014, fez chegar a imprensa que ia processar a eurodeputada Ana Gomes e o historiador e comentador José Pacheco Pereira e ainda o ministro-adjunto do Desenvolvimento Regional Miguel Poiares Maduro por "declarações proferidas publicamente" sobre a empresa.

A empresa justifica os vários processos por se sentir "lesada no seu bom nome, prestígio e credibilidade" e por estar em causa a prática de crimes "contra a sua honra e consideração".

Acrescenta-se ainda a estes processos os jornalistas José António Cerejo e Clara Ferreira Alves, o jornal "Público", e a Impresa, dona da SIC e do semanário "SOL"

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