PSD acusa Guilherme Pinto de usar meios públicos na campanha em Matosinhos

| Política
Porto Canal / Agências

Matosinhos, 29 ago (Lusa) - O candidato do PSD à Câmara de Matosinhos, Pedro da Vinha Costa, acusou hoje o presidente da autarquia e recandidato ao cargo, Guilherme Pinto, de estar a utilizar meios públicos para fazer a campanha eleitoral.

Em causa está, segundo aquilo que o social-democrata hoje denunciou em conferência de imprensa, decisões tomadas na última reunião da câmara, destacando a atribuição de "um subsídio em espécie ou a isenção de taxas para iniciativas", disponíveis para 139 associações desportivas.

De acordo com Pedro da Vinha Costa, a câmara "aprovou a possível colaboração logística a prestar, aquando da receção de pedidos remetidos por clubes desportivos devidamente inscritos no município, prevendo-se que a verba indireta a estes pedidos não ultrapasse os 7500 euros e que seja ainda autorizada a isenção de taxas devidas".

Na opinião do candidato do PSD, o que a câmara está a fazer é "autorizar Guilherme Pinto a, durante este mês, andar de livro de cheques na mão a atribuir cheques nas visitas às coletividades".

"A Câmara Municipal está - como esteve no passado - a utilizar os meios públicos para fazer campanha", condenou.

Questionado pelos jornalistas à margem de uma ação de campanha, Guilherme Pinto explicou que a câmara apenas "isentou os clubes cautelarmente porque tem dúvidas se não é obrigatório cobrar jogos das crianças e dos jovens", jogos que nunca foram pagos no passado, explicando que o único apoio que será dado é esta isenção.

"Pedro da Vinha Costa, de vez em quando, faz prova de vida e quero dizer que me espanta o volume de disparates que ele tem vindo a dizer. Isto é mais um disparate", considerou Guilherme Pinto.

Pedro da Vinha Costa deu outro exemplo daquilo que considera ser "gato escondido com o rabo de fora", destacando a aprovação, na mesma reunião, de um subsídio atribuído a três clubes para tratamento da relva natural.

O candidato social-democrata revelou ainda que se diz no concelho que o dinheiro para estes apoios está a sair das indemnizações negociadas com as gasolineiras, acordo que o executivo viu chumbado pela Assembleia Municipal.

"Não acredito que tenha havido pagamentos por parte das empresas. Esse negócio foi inviabilizado pela Assembleia Municipal de Matosinhos. Seria gravíssimo que a câmara tivesse recebido dinheiro desse acordo", enfatizou.

Para o candidato "laranja", sendo verdade que a câmara tenha recebido dinheiro deste acordo, então a Procuradoria-Geral da República tem a "obrigação" de averiguar.

Questionado sobre o porquê de não fazer queixa destas denúncias públicas, Pedro da Vinha Costa considerou que "qualquer queixa que à Procuradoria-Geral da República seria um mero ato político porque não teria decisão a tempo e horas", rejeitando a "judicialização da política".

"Eu não quero ganhar as eleições na Comissão Nacional Eleições. A CNE, se quiser ver o que se passa, é vir aos bairros de Matosinhos perguntar quem é que andou a recolher assinaturas para a candidatura do Dr. Guilherme Pinto", atirou.

"A denúncia crime pode ser feita ou não porque os órgãos que têm responsabilidade sobre essa matéria não precisam de esperar que o cidadão A, B, C ou D lá vá denunciar, eles têm a obrigação de agir, tomando conhecimento oficioso de situações que consideram poder estar a violar a lei", justificou.

Para além de Pedro da Vinha Costa e Guilherme Pinto, concorrem a estas eleições em Matosinhos, António Parada (PS), José Pedro Rodrigues (CDU), Fernando Queiroz (Bloco de Esquerda), Manuel Maio (CDS-PP) e Orlando Cruz (Partido Trabalhista Português).

JF // MSP

Lusa/fim

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