Credores fazem ultimato à Grécia e Tsipras não chega a acordo

Credores fazem ultimato à Grécia e Tsipras não chega a acordo
| Política
Porto Canal (DYC)

A reunião entre o primeiro-ministro grego e os credores chegou ao fim sem um acordo. Tsipras teria de apresentar um plano alternativo viável até às 11h, segundo avança o Financial Times.

O jornal britânico avança esta quinta-feira que o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, tinha até às 11h (10h de Portugal) para apresentar um plano alternativo viável aos credores. No entanto, segundo o Financial Times (FT), os gregos não terão cedido e recusaram a contraproposta das instituições internacionais.

Caso Tsipras não consiga um acordo durante a manhã desta quinta-feira, os credores pretendem, de acordo com o FT, apresentar uma proposta de “pegar ao largar” para a Grécia aos ministros das finanças da zona Euro. Segundo disse uma fonte próxima dos dirigentes da zona Euro ao FT, Atenas estará a ser pressionada pelos credores e se o primeiro-ministro não ceder e alterar a sua posição, não se chegará a acordo. Ao que tudo indica, serão os membros do Eurogrupo a decidir se aceitam o plano de reformas proposto pelo FMI, BCE e Comissão Europeia.

Alexis Tsipras esteve reunido esta manhã com os credores, antes da reunião marcada para esta quinta-feira com o Eurogrupo ao meio-dia (hora de Lisboa). Se não houver um acordo nas próximas 48 horas é pouco provável que a Grécia consiga evitar o “default”. Caso o país entre em incuprimento, é possível que haja uma corrida aos bancos, o que vai obrigar a medidas de controlo de capitais na Grécia e à saída do país da zona Euro.

Esta quinta-feira o porta-voz do Syriza, Nikos Filis, disse à televisão grega que os credores estão a chantagear a Grécia ao exigirem medidas que aniquilam o país. Filis disse que a reestruturação da dívida terá sempre de fazer parte de um eventual acordo com a Grécia. O mesmo disse o ministro do Trabalho grego, Panos Skourletis: "Não pode haver acordo sem uma referência substancial e passos específicos em matéria da dívida".

De acordo com as últimas informações, há uma diferença de cerca de 600 milhões de euros entre as propostas do governo grego e as exigências dos credores, mas que poderá chegar aos 1000 milhões de euros em medidas extra.

Na passada quarta-feira Alexis Tsipras esteve reunido desde as 22h30 (hora de Lisboa) com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, a directora-geral do FMI, Christine Lagarde, e o presidente do BCE, Mario Draghi. O encontro, que durou menos de duas horas, chegou ao fim sem um acordo e uma fonte do governo grego disse à agência Reuters que o Executivo se mantinha “firme na sua posição”.

A Grécia discute esta quinta-feira com os credores um acordo de última hora que permita desbloquear a última tranche do programa de assistência financeira, no valor de 7,2 mil milhões de euros, antes do final do prazo do prolongamento do resgate. Na próxima terça-feira, Atenas terá de pagar 1,6 mil milhões de euros ao FMI.

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