FMI afirma que reversão da austeridade é pouco provável sem contenção da despesa com salários e pensões
Porto Canal / Agências
Na declaração relativa à segunda missão pós-programa, divulgada hoje, no dia em que termina a visita a Lisboa, os técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) consideram que "há um risco tangível de a meta do défice orçamental de 2015, de 2,7% do PIB [Produto Interno Bruto], não ser cumprida sem cortes adicionais da despesa".
Para a missão técnica do Fundo, que esteve em Portugal desde 04 de junho e que terminou hoje a segunda visita regular ao país, "é pouco provável realizar a reversão proposta de várias medidas introduzidas durante o programa de ajustamento sem esforços muito determinados para conter a fatura salarial e a despesa com pensões".
Além disso, o corpo técnico da instituição liderada por Christine Lagarde refere que o Programa de Estabilidade, que inclui a estratégia orçamental do Governo até 2019, define "objetivos ambiciosos para a redução da dívida", mas não especifica suficientemente as medidas para alcançar essas metas, além de que assenta em "pressupostos de crescimento de médio prazo otimistas".
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Lusa/fim