Governo diz que sem investidor privado a TAP vai à falência
Porto Canal (JYL)
A providência cautelar que ameaçava a privatização da TAP foi travada. A 24 horas do prazo limite, o Governo acredita que a TAP não aguentará ficar mais tempo sem um investidor privado.
"Travar a privatização acarreta condenar a TAP a uma reestruturação ou insolvência", refere o documento, que contém mais de 30 pontos que ajudam a defender o projecto de venda, segundo o Dinheiro Vivo. O Movimento "Não TAP os Olhos", denuncia a existência de ilegalidades no caderno de encargos da TAP, que sendo aceites pelo tribunal, poderiam ter força para adiar o processo, a começar já pela entrega de propostas que têm de chegar até às 17:00 desta sexta-feira às mãos do Governo.
Pires de Lima, considera que a tentativa é "esquizofrénica"e "contraditória nos próprios termos", por "reclamar da ilegalidade de um caderno de encargos que se compromete a manter a TAP como uma empresa com sede em Portugal, com hubs portugueses e com um conjunto de obrigações de serviço público". Segundo o Governo, estes serviços ficariam ameaçados caso o processo fosse parado desde logo uma vez que os cofres da TAP estão vazios e há vários compromissos que não podem esperar.
"A privatização afigura-se como a salvação para um momento actual de quase ruptura", lê-se no documento, que fala em "stress de tesouraria", como João Cantiga Esteves, presidente da Comissão Especial de Acompanhamento da privatização, já tinha admitido no Parlamento.
A TAP tem uma dívida de 1062 milhões de euros, em que cerca de 700 são dívida bancária, e perdeu 35 milhões de euros com a greve de pilotos. Além de prejuízos de 46 milhões de euros no negócio de aviação, no ano de 2014. aviação, em 2014.