Novo Banco: Regras permitem que BPI se associe a quem siga na corrida à compra - Ulrich
Porto Canal / Agências
"De acordo com as regras do concurso, penso que sim, o BPI pode associar-se a alguém que esteja nesta fase em associação", afirmou Fernando Ulrich, apontando para as cinco instituições que se encontram na corrida à compra do Novo Banco.
"Se for para se associar depois de alguém já ter ganho, isso é sempre possível", destacou.
Ulrich, que falava durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre, escusou-se a comentar a questão do papel comercial do Grupo Espírito Santo (GES) que foi vendido a clientes de retalho aos balcões do antigo Banco Espírito Santo (BES).
Questionado sobre se a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo CaixaBank sobre a entidade que lidera condicionou a participação do BPI no processo de compra do Novo Banco, Ulrich afastou essa ideia.
"Não condicionou nada. Apresentámos uma oferta e isso demonstra que não condiciona. Nós fizemos a oferta que no nosso melhor juízo profissional entendemos que era de fazer. Não andámos a jogar com o conceito que a oferta não vinculativa permite fazer", frisou.
E reforçou: "Podíamos lá meter um preço qualquer. A oferta foi aquela que a comissão executiva propôs e que o Conselho de Administração aprovou".
Daí, segundo Ulrich, o único fator que condicionou o BPI foi o racional usado pela própria comissão executiva, cuja oferta foi considerada baixa pela parte vendedora, o que o retirou desta disputa.
Assinalando que o acordo de confidencialidade que assinou está em vigor, perante a pergunta sobre o valor justo do Novo Banco, Ulrich disse que só pode falar sobre aquela entidade quando ela for vendida.
"Não é que eu não gostasse, mas não posso", sublinhou.
DN/AJG // MSF
Lusa/fim