Corrida a Belém com 10 potenciais candidatos

Corrida a Belém com 10 potenciais candidatos
| Política
Porto Canal (DYG)

As eleições para a Presidência da República só acontecerão no início do próximo ano mas o alvoroço já começo. Henrique Neto, Paulo Morais, Paulo Freitas do Amaral e Orlando Cruz já anunciaram as suas candidaturas a Belém mas nenhum ainda as formalizou.

A dez meses das eleições, os possíveis candidatos têm que arranjar 7500 assinaturas e entregá-las ao Tribunal Constitucional para aprovação.

O primeiro a anunciar a sua candidatura foi Henrique Neto. Tem 78 anos, é empresário e ex-deputado do PS. Criticou o Governo de José Sócrates e, no mês de Janeiro, subscreveu o manifesto "Por uma democracia de qualidade" onde pedia, ao Presidente da República, uma reforma do sistema eleitoral.

Henrique Neto, na apresentação da sua candidatura, prometeu apresentar os grandes problemas nacionais para os portugueses perceberem que "estão lá coisas claramente de esquerda como estarão lá algumas coisas que são claramente de direita".

"Portugal tem problemas que têm soluções de esquerda, mas seria mau desconhecermos que muitos dos problemas nacionais também têm soluções de direita. Sem me comprometer, ao longo da campanha, vou apresentar posições sobre os grandes problemas nacionais", afirmou o ex-deputado.

Paulo Morais também se encontra na corrida. Tem 51 anos, pertence à associação cívica Transparência e Integridade, é professor universitário e antigo vice-presidente da câmara Municipal do Porto, durante o mandato de Rui Rio.

O professor universitário pretende candidatar-se às presidenciais para combater a corrupção e adoptar novas reformas na Presidência da República e nos seus poderes constitutivos (executivo, judicial e legislativo).

“A minha candidatura tem por objectivo, em primeiro lugar, combater a corrupção que é o maior dos males da vida política portuguesa, aumentar a transparência na vida pública, que é completamente opaca e, em particular, ao nível orçamental. Os portugueses não têm qualquer noção de qual é a estrutura de receitas e despesas do seu próprio Estado", alega Paulo Morais.

Paulo Freitas do Amaral é o candidato mais jovem às presidenciais, até ao momento. Tem 36 anos e é, desde 2009, presidente da junta de freguesia da Cruz Quebrada - Defundo, em Oeiras.

É primo de Diogo Freitas do Amaral, ex-primeiro-ministro interino e político português, e pretende, com a sua candidatura, reaproximar as pessoas à vida política.

Orlando Cruz é a mais recente confirmação às eleições presidenciais. Tem 62 anos, é ex-militante do CDS e no currículo tem duas quase-candidaturas a Belém, uma candidatura à câmara Municipal de Gondomar e Matosinhos.

“Apresento a minha candidatura à Presidência da República pela terceira vez e desta vai ser para levar até ao fim porque não pretendo desistir. (...) Os políticos que nós temos tido em Portugal são autênticos vigaristas”, afirmou o candidato.

Estes quatros candidatos poderão não ser os únicos na corrida. Existem alguns nomes que se encontram em reflexão ou preferem, ainda, não divulgar qualquer informação.

É o caso de António Sampaio da Nóvoa. O seu nome tem sido comentado, há meses, na comunicação social mas, até agora, ainda não finalizou a sua candidatura. O Expresso avançou que o candidato iria concorrer com o apoio do socialista Mário Soares mas outros socialistas, como Sérgio Sousa Pinto e José Vera Jardim, já vieram contestar a sua candidatura.

Manuel Carvalho da Silva, 66 anos e ex-militante comunista, já se mostrou disponível para concorrer caso o processo de auscultação que está a realizar revele que a sua candidatura faz sentido.

Marcelo Rebelo de Sousa, membro do Conselho de Estado, professor de Direito e ex-líder do PSD, afirmou que não se estava a excluir das presidenciais no seu habitual programa de opinião da TVI, ao domingo à noite.

Pedro Santana Lopes, ex-primeiro-ministro e antigo líder do PSD, também é um possível candidato a Belém.

"Disse que não aceitava ser excluído das hipóteses à direita para as presidenciais. Excluído já não estou. Estou incluído nelas. Da hipótese a candidato vai uma distância. Quando decidir aviso", declarou Santana Lopes.

Maria de Belém, antiga presidente do PS, em entrevista à rádio Renascença, não se colocou fora da corrida das presidenciais mas, por enquanto, só está focada nas legislativas.

"Como militante de um partido político, vou empenhar-me relativamente às legislativas. Depois das legislativas, logo se verá.", afirmou a deputada do PS.

Rui Rio, ex-presidente da câmara Municipal do Porto, é um nome pouco firme nesta corrida visto que, até ao momento, não fez nenhuma declaração pública sobre as presidenciais. Foi apresentado apenas por Nuno Morais Sarmento como um "possível candidato a qualquer função, primeiro-ministro ou Presidente da República".

António Guterres foi o único possível candidato a desfazer todas as dúvidas. A exercer, até ao final do ano, a função de Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Guterres afirma que não é "candidato a candidato".

"Já me fizeram essa pergunta muitas vezes e eu respondo sempre que não sou candidato a ser candidato. Sempre me interessei pelo serviço público e pretendo continuar a fazê-lo, mas o que gosto mais de fazer é o tipo de função que tenho actualmente, que permite ter uma acção permanente e directa sobre o que se passa no terreno", assegurou o antigo primeiro-ministro.

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