Chamar palhaço a Cavaco Silva "teve alguma piada, mas pouca relevância política" - BE

| Política
Porto Canal / Agências

Odivelas, 25 mai (Lusa) - O coordenador do Bloco de Esquerda (BE) João Semedo considerou na sexta-feira à noite que as declarações do escritor Miguel Sousa Tavares, que se referiu a Cavaco Silva como "um palhaço" tiveram "alguma piada, mas pouca relevância política".

Na sequência das declarações de Miguel Sousa Tavares, o Presidente da República, Cavaco Silva, solicitou à Procuradoria-Geral da República a sua análise, "à luz do artigo 328.º do Código Penal", segundo fonte de Belém. Em declarações à agência Lusa, o escritor e cronista, que hoje deu uma entrevista ao Jornal de Negócios sob o título "Beppe Grillo? Nós já temos um palhaço. Chama-se Cavaco Silva admitiu ter sido "excessivo" nas palavras.

Para o BE, Cavaco Silva "sempre foi um mau Presidente e ultimamente péssimo", afirmou o líder bloquista. "Não precisamos comparar Cavaco Silva com ninguém", muito menos com uma classe profissional que nos merece toda a simpatia [palhaços]."

João Semedo, que participava na noite de sexta-feira em Odivelas na apresentação do candidato do BE à presidência da autarquia local, referiu que o Presidente da República "tem sido péssimo", uma vez que é ele "quem suporta o Governo".

"É em Belém que está o fio que sustenta este Governo. Se esse fio for cortado o Governo cai", sublinhou.

No seu discurso o líder bloquista criticou ainda as medidas apresentadas na quinta-feira pelo ministro das Finanças Vítor Gaspar de incentivo fiscal ao investimento, dizendo que o Governo pretende "aplicar um golpe de mágica".

"Há em Pedro Passos Coelho e no Governo uma tentativa de aplicar um golpe de mágica e fingir que acabou o tempo de austeridade e que agora é altura de crescer. Não existe nenhum corte com a austeridade, mas sim um reforçar de austeridade", afirmou.

FYS (CP) // HB

Lusa/fim

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