Festival IndieLisboa simplifica programação a pensar na próxima década

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 24 mar (Lusa) - O Festival IndieLisboa, à 12.ª edição, faz algumas "alterações cirúrgicas" na programação, para se aproximar mais do público e para recuperar o perfil em torno do cinema independente, a pensar na próxima década.

Na apresentação do festival, hoje, em Lisboa, os programadores Miguel Valverde e Nuno Sena falaram de um "processo de simplificação" do IndieLisboa, com menor sobreposição de exibições de filmes, com uma nova circulação entre salas e uma aposta no cinema português.

O IndieLisboa decorrerá de 23 de abril a 03 de maio na Culturgest, no Cinema São Jorge, na Cinemateca e, pela primeira vez, no Cinema Ideal.

"Havia muita oferta e muitas secções para o público poder escolher", afirmou Miguel Valverde, enquanto Nuno Sena sublinhou que "é preciso ir ao encontro de outros públicos".

Para evitar a dispersão de espetadores pela programação, foi criada a secção "Silvestre", fundindo as anteriores "Observatório", "Cinema Emergente" e "Pulsar do Mundo".

Foi criada ainda a secção "Boca do Inferno", com sessões à meia-noite e para as "experiências cinematográficas mais bizarras, extremas ou desconcertantes", lê-se no dossier de imprensa.

"Depois de celebrar os dez anos, demorámos um ano para perceber e arrumar a casa e pensar na segunda década e manter o espírito 'indie', que esteve menos visível nas edições mais recentes", acrescentou Nuno Sena.

Entre os destaques da programação deste ano está o filme "Aqui, em Lisboa", encomendado pelo festival e rodado na capital portuguesa por Denis Côté, Gabriel Abrantes, Dominga Sotomayor e Marie Losier.

A competição portuguesa conta com vinte filmes, dos quais quatro são longas-metragens: os documentários "Gipsofila", de Margarida Leitão, "A toca do lobo", de Catarina Mourão, "Uma rapariga da sua idade", de Márcio Laranjeira", e a ficção "Os olhos de André", de António Borges Correia.

Entre as 'curtas' em competição estão "Campo à beira mar", de André Ruivo - a única animação presente -, "Cinzas e brasas", de Manuel Mozos, "Fora da vida", de Filipa Reis e João Miller Guerra, "Iec Long", de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, e "The last analog tree", de Jorge Pelicano.

A secção IndieMusic, com documentários sobre artistas e bandas ou filmes-concertos, contará com 14 obras, entre as quais "The death and resurrection show", sobre os Killing Joke, "God help the girl", escrito e realizado por Stuart Murdoch, dos Belle & Sebastian, e "Love & mercy", de Bill Pohlad, sobre Brian Wilson, dos Beach Boys.

A estes junta-se ainda "Música Moderna - um disco filme de TochaPestana", do duo português TochaPestana.

Fora de competição, os documentários "Rabo de peixe", de Joaquim Pinto e Nuno Leonel, e "O medo à espreita", de Marta Pessoa, sobre os arquivos da PIDE, a ficção "Capitão Falcão", de João Leitão, que abrirá o festival, e "Concerning violence", de Goran Hugo Olsson, sobre os processos de descolonização em África, também integram esta edição.

A secção "Herói Independente", uma das âncoras do festival, reparte atenções entre a realizadora francesa Mia Hansen-Love e o norte-americano Whit Stillman, estando prevista a presença de ambos em Lisboa.

Outra das secções consideradas importantes pela organização é a IndieJúnior, com programa específico para públicos a partir dos três anos.

"Foi uma secção criada há onze anos com a intenção de dar atenção às crianças, um público que é muito maltratado ao longo do ano. E pensamos que os mais novos são o futuro público do Indie", disse Nuno Sena.

Toda a programação estará disponível em www.indielisboa.com.

O orçamento é de cerca de um milhão de euros, com um ligeiro aumento de investimento não financeiro.

SS // MAG

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