Segundo 'patrulha' saiu dos Estaleiros de Viana 8 anos depois de lançado à água

| Norte
Porto Canal / Agências

Viana do Castelo, 31 jul (Lusa) - O novo 'patrulha' em construção nos Estaleiros de Viana iniciou hoje provas de mar, oito anos depois de ter sido lançado à água, período marcado pelas dificuldades financeiras vividas pela empresa.

O NRP (Navio da República Portuguesa) Figueira da Foz é o segundo Navio de Patrulha Oceânica (NPO) da classe "Viana do Castelo" construído naqueles estaleiros, tendo já a respetiva guarnição em formação.

Dependendo das provas de mar que agora começam a ser realizadas, destinadas a testar a capacidade do navio e a detetar eventuais anomalias, a entrega deverá ser concretizada entre novembro e dezembro deste ano, indicou fonte do Ministério da Defesa Nacional.

À saída do navio para estas provas, que vão decorrer durante 24 horas ao largo da costa, o chefe da Missão de Acompanhamento e Fiscalização da Marinha, que acompanha esta construção nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), reconheceu "alguns atrasos" no processo, até "mais do que o expectável".

"Mas nos primeiros navios da classe é normal as coisas não correrem todas conforme planeado, do ponto de vista técnico e contratual", disse Lopes Moreira, capitão-de-mar-e-guerra e engenheiro naval.

A bordo seguiram 25 elementos da Marinha e mais 50 técnicos, entre trabalhadores dos ENVC e das empresas que forneceram equipamentos, mas em setembro deverão realizar-se novas provas.

À semelhança do NRP Viana do Castelo - o primeiro da classe, entregue em abril de 2011 -, a guarnição deste segundo 'patrulha' será composta por um capitão-tenente (comandante), quatro oficiais subalternos, oito sargentos e 25 praças.

"Foi feito à medida dos requisitos da Marinha e que na generalidade tem correspondido às necessidades", disse ainda Lopes Moreira, sobre o primeiro patrulha, já ao serviço.

Este primeiro par custou mais de 100 milhões de euros e foi lançado à água em outubro de 2005, na doca da empresa.

No caso do NRP Figueira da Foz, a sua construção chegou a estar parada durante mais de um ano, até final de 2012, face às dificuldades financeiras da empresa e ao processo, que estava em curso, de reprivatização dos ENVC.

O NRP Figueira da Foz integra uma encomenda de oito NPO feita em 2004 pelo Ministério da Defesa - na altura liderado por Paulo Portas - aos ENVC, para substituir a frota de corvetas, com 40 anos de serviço.

A construção dos restantes seria revogada já pelo atual Governo, através de uma resolução que em 2012 anulou a encomenda aos estaleiros de Viana dos outros seis NPO e das cinco Lanchas de Fiscalização Costeira (LFC), negócio avaliado em 400 milhões de euros.

Com desenho próprio dos estaleiros, estes navios têm 83 metros de comprimento, capacidade para receber até 67 pessoas e podem transportar um helicóptero Lynx.

Concebidos como navios militares não combatentes, podem ser utilizados para fiscalização, proteção e controlo das atividades económicas, científicas e culturais ligadas ao mar.

PYJ // JGJ

Lusa/fim

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