Assembleia de Credores de têxtil em Famalicão vota encerramento na segunda-feira

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Porto Canal / Agências

Vila Nova de Famalicão, 26 jul (Lusa) -- Os credores da têxtil Meatex discutem e votam na segunda-feira, no Tribunal de Vila Nova de Famalicão, a proposta de encerramento da empresa que poderá deixar no desemprego 120 trabalhadores, anunciou hoje fonte ligada ao processo.

A assembleia de credores decorre depois de, em junho, o administrador de insolvência da fábrica ter anunciado a intenção de encerrar definitivamente a atividade laboral com o argumento de que ela não pode continuar devido à falta de mão-de-obra, em consequência da suspensão dos contratos de trabalho.

O advogado Franclim Ferreira, que representa cerca de 70 trabalhadores, disse hoje à agência Lusa que os funcionários contestam a insolvência da empresa e querem saber quais "são as verdadeiras razões" que estão na origem desta decisão.

A fábrica, instalada na freguesia de Lousado, está parada desde finais de abril, altura em que os trabalhadores entraram em "férias forçadas". Até aí, segundo o responsável, "estava a trabalhar normalmente e, inclusive, com necessidade de recorrer a trabalho extraordinário".

O advogado salientou que, "por sugestão" da gerência da Meatex, a maioria dos funcionários optou pela suspensão do contrato, passando parte do seu vencimento a ser paga pela Segurança Social.

"É a empresa que sugere a suspensão aos trabalhadores e agora eles são confrontados com a situação de que, porque foram para a suspensão, a empresa não tem trabalhadores disponíveis e portanto deixa de ter condições para trabalhar. Há aqui qualquer coisa que não bate certo", sublinhou.

Franclim Ferreira salientou ainda que os funcionários estão disponíveis para regressar ao trabalho mal lhes sejam pagos os vencimentos em atraso, correspondentes aos meses de março e abril.

"Depois, até é um contrassenso, porque o facto de eles terem recorrido à suspensão do contrato de trabalho vem desonerar a empresa do pagamento dos vencimentos a que estaria obrigada, ou seja, até acaba por ser positivo para a própria empresa o facto de eles terem optado por essa solução", acrescentou.

Por tudo isto, o advogado diz que os trabalhadores "querem saber quais as verdadeiras razões" que levaram à proposta de liquidação da Meatex.

Para além dos funcionários, a empresa tem ainda como credores a Segurança Social, bem como fornecedores.

Em julho de 2012, a fábrica têxtil apresentou-se à insolvência e em outubro houve um despedimento coletivo de 60 trabalhadores.

Segundo Franclim Ferreira, se encerrar a empresa ficará a dever ao total de 180 funcionários cerca de dois milhões de euros.

A Lusa tentou obter esclarecimentos por parte da gerência da Meatex, o que não foi possível até ao final de manhã de hoje.

PLI (VCP) // JGJ

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