Cabeceiras de Basto contesta eventual fecho da Unidade de Internamento

| Norte
Porto Canal / Agências

Cabeceiras de Basto, Braga, 02 dez (Lusa) - O presidente da Câmara de Cabeceiras de Basto considerou hoje que o eventual encerramento da Unidade de Internamento do concelho seria "uma perda irreparável", mas sublinhou que o município "tudo fará" para assegurar a continuidade daquele equipamento de saúde.

"Sentimo-nos tristes e revoltados, porque se trata de uma unidade que funciona há mais de quatro anos com excelentes resultados e sempre com uma taxa de ocupação perto dos 100 por cento, o que é sintomático da sua importância para o concelho e para a região", disse China Pereira à Lusa.

Aquela unidade de saúde possui 11 camas da Rede Nacional de Cuidados Continuados para doentes em convalescença até 30 dias num regime de curta duração e mais cinco camas fora da rede para internamento de utentes em fase de recuperação ou em fase terminal.

A Câmara garante que ainda não foi oficialmente informada da decisão de encerramento, mas o presidente da Assembleia Municipal (AM), Joaquim Barreto, disse ter tido acesso a um documento do Ministério da Saúde que aponta para o fecho a 31 de dezembro.

Esse documento, que Joaquim Barreto citou na última sessão da AM, determina ainda a suspensão da admissão de novos doentes, com efeitos a partir de 24 de novembro.

Nessa sessão, a AM deliberou manifestar-se contra o encerramento da unidade de internamento, que é gerida pelo Centro Hospitalar do Alto Ave (CHAA), e fazer diligências junto dos organismos oficiais competentes do Ministério da Saúde para que ela se mantenha em atividade.

A moção refere que a taxa de ocupação da unidade tem vindo a crescer gradualmente de ano para ano, atingindo em 2014, até 20 de outubro, indicadores de utilização da ordem dos 90 por cento, o que corresponde ao internamento de 114 doentes.

Diz ainda que todos os doentes ali internados beneficiam dos serviços de saúde públicos, sem que tenham que efetuar qualquer pagamento pelo internamento, "o que tem reflexos positivos nos utentes, sobretudo naqueles que são oriundos das famílias mais desfavorecidas."

"Se este internamento for encerrado, os cabeceirenses não têm outra unidade de saúde como alternativa situada no concelho e à qual possam recorrer", acrescenta a moção, lembrando que aquela é uma região "mal provida" de transportes públicos, pelo que o fecho acarretaria custos e problemas acrescidos para os doentes e seus familiares.

Por isso, a Assembleia Municipal de Cabeceiras de Basto deliberou constituir uma comissão alargada para liderar um movimento em defesa da continuidade da unidade de internamento.

"O encerramento seria um crime", disse o presidente da Assembleia Municipal, Joaquim Barreto.

A Lusa contactou o CHAA, que remeteu quaisquer declarações sobre o assunto para a Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN), alegando que é a este organismo que compete qualquer decisão sobre o fecho ou a manutenção daquela unidade de Cabeceiras de Basto.

Fonte da ARSN disse que "possivelmente" só na quarta-feira seria divulgada uma posição pública sobre o assunto.

VCP // MSP

Lusa/fim

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