Face Oculta: Namércio Cunha e empresas O2 e SCI não recorreram do acórdão

| País
Porto Canal / Agências

Aveiro, 13 nov (Lusa) - Dos 36 arguidos do processo "Face Oculta", apenas Namércio Cunha, ex-braço direito do sucateiro Manuel Godinho, e as empresas O2 e SCI, não recorreram do acórdão condenatório para o Tribunal da Relação do Porto, disse hoje fonte judicial.

Até à passada sexta-feira, último dia para as defesas recorrerem da sentença do Tribunal de Aveiro com o pagamento de multa, tinham sido entregues os recursos de 32 arguidos.

Depois dessa data, ainda entrou o recurso da defesa de João Godinho, filho de Manuel Godinho, que alegou justo impedimento.

Namércio Cunha, o arguido que teve a condenação mais "leve", não recorreu e vai assim cumprir a pena de um ano e meio de prisão, suspensa na sua execução, por um crime de associação criminosa e outro de corrupção.

O tribunal deu como provado que Namércio Cunha assumia "especial relevo" na associação criminosa liderada por Manuel Godinho, desde logo pela organização demonstrada na atribuição das prendas natalícias.

O coletivo de juízes, no entanto, decidiu aplicar-lhe uma pena próxima do mínimo legal, pelo facto de ter sido o único arguido que "contribuiu, de forma relevante, para o esclarecimento dos factos em audiência".

O tribunal salientou ainda o facto de o arguido ter avaliado negativamente a experiência vivida nesse período, interiorizando os factos como muito graves, além de não ter antecedentes criminais.

O processo "Face Oculta", que começou a ser julgado há cerca de três anos, está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho, nos negócios com empresas do setor empresarial do Estado e privadas.

O Ministério Público (MP) acusou 36 arguidos, incluindo duas empresas, de centenas de crimes de burla, branqueamento de capitais, corrupção e tráfico de influências.

Entre os arguidos estão personalidades como Armando Vara, antigo ministro e ex-administrador do BCP, José Penedos, ex-presidente da Redes Energéticas Nacionais (REN), e o seu filho Paulo Penedos.

Todos os arguidos foram condenados a penas de prisão, mas a grande maioria beneficiou de penas suspensas, condicionadas ao pagamento de quantias entre os três e os 25 mil euros a instituições de solidariedade social.

A pena mais gravosa (17 anos e meio de prisão) foi aplicada a Manuel Godinho, que foi condenado por 49 crimes de associação criminosa, corrupção, tráfico de influência, furto qualificado, burla, falsificação e perturbação de arrematação pública, resultando em 87 anos e 10 meses a soma das penas parcelares.

JYDN // MAG

Lusa/Fim

+ notícias: País

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.

FC Porto em sub17 recebe e vence Padroense 2-1

A equipa de Sub-17 do FC Porto recebeu e bateu este domingo o Padroense (2-1), no Olival, em jogo da 11.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato Nacional de Juniores B. Francisco Ribeiro (41m) e Pedro Vieira (62m) assinaram os golos dos Dragões, que mantêm a liderança da série Norte, com 28 pontos, mais três do que o Sporting de Braga.