Presidente da CEP manifesta "inteira confiança" na Diocese Porto após protestos contra saída de padre

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Porto Canal / Agências

Fátima, 13 nov (Lusa) -- O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) afirmou hoje que nunca haverá uma "solução absoluta" em relação a casos como a saída do padre de Canelas, no concelho de Gaia, que gerou protestos, manifestando "inteira confiança" na diocese.

"Uma solução absoluta e garantida para este tipo de casos nunca haverá. (...) Agora tenho inteira confiança na Diocese do Porto, no seu bispo e no seu povo magnífico, e, portanto, este caso também será resolvido da melhor maneira, isso tenho a certeza", declarou Manuel Clemente, em Fátima.

Na conferência de imprensa após mais uma assembleia plenária da CEP, o responsável reconheceu que casos como este podem acontecer, mas "é melhor que não aconteçam" e "resolvem-se quando há boa vontade e discernimento como certamente acontecerá por parte da Diocese do Porto".

No domingo, centenas de pessoas concentraram-se à porta da igreja paroquial de Canelas, concelho de Gaia, em protesto contra a saída do padre que até ao último domingo presidia a esta paróquia, exigindo da Diocese do Porto uma explicação.

"Queremos o padre Roberto" e o "bispo é que é o culpado" foram as primeiras frases ouvidas no Largo Padre Gabriel que serve de adro à igreja de Canelas onde só meia hora depois da hora prevista (11:00) começou a missa celebrada pelo novo pároco Albino Reis da paróquia vizinha de Vilar de Andorinho.

O novo padre, que não quis prestar declarações aos jornalistas, justificava o atraso da celebração pelo facto de responsável da Diocese do Porto que teria de lhe dar posse, não estar a conseguir aproximar-se da igreja, impedido pela multidão concentrada no adro.

Com o início da missa, que reuniu menos de uma centena de pessoas a assistir, o protesto fora da igreja endureceu e foram ouvidos gritos, assobios e frases como "O Bispo que vá para Aveiro".

Um primeiro contingente de cerca de duas dezenas de agentes da GNR esteve no local, tendo sido chamado para moderar os ânimos exaltados após algumas escaramuças e para quebrar um cadeado colocado no portão que dava acesso à igreja que impedia a passagem dos fiéis que queriam assistir à missa do novo padre.

No final da celebração, cerca das 12:50, o espaço que dava acesso à sacristia, onde o novo padre estaria, foi invadido pelos protestantes, obrigando à saída do pároco de Vila de Andorinho que seguiu num carro da GNR, sob escolta policial.

A decisão de afastar o padre Roberto de Sousa da paróquia de Canelas foi tomada em finais de julho pela Diocese do Porto, tendo chegado a haver um recuo a meio de setembro, mas a determinação ficou concretizada.

A população diz nunca ter sido informada das reais razões desta decisão atribuindo-a a "inveja" por parte de párocos vizinhos pelo facto de o padre Roberto, segundo asseguram, ter conseguido "mobilizar muitos fiéis novos".

SR (PYT)//GC.

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