Lídia Jorge na 2.ª edição do Festival de Romance Histórico em Barcelona

| País
Porto Canal / Agências

Barcelona, Espanha, 13 nov (Lusa) - A escritora Lídia Jorge é uma das participantes da segunda edição do Festival de Romance Histórico, que vai decorrer entre 11 e 22 de novembro, em Barcelona, e onde analisará o 'tempo' do romance histórico.

"A partir de que momento um romance poder ser considerado histórico?" é a pergunta que a escritora analisará, numa mesa redonda a que preside no dia 18 de novembro, altura em que também apresentará o seu livro "Os Memoráveis".

A edição deste ano do festival, ponto de encontro de autores e leitores de romances históricos, dará especial destaque a três períodos da História, entre os quais o 40.º aniversário do 25 de Abril, tema que Lídia Jorge também deverá abordar na sua mesa redonda, que se realiza no Centro Cultural do Born.

A morte do imperador romano Augusto, fundador de Barcino, que mais tarde irá dar origem à cidade de Barcelona, e o centenário do início da I Guerra Mundial são os outros dois grandes temas do encontro.

Paralelamente às conferências, o encontro vai incluir clubes de leitura nas bibliotecas da cidade, oficinas de escrita e itinerários culturais em busca da Barcelona romana ou a dos tempos da I Guerra Mundial.

Durante o festival, a autarquia de Barcelona vai entregar o Prémio Internacional de Romance Histórico Barcino ao valenciano Santiago Posteguillo, cujos romances decorrem na Roma Antiga.

Lídia Jorge foi este ano a autora homenageada no festival Escritaria, de Penafiel, onde apresentou a sua última obra, o conto "O organista".

O romance "Os memoráveis", editado no passado mês de março, é protagonizada por Ana Maria Machado, uma repórter portuguesa em Washington que, em 2004, foi convidada a fazer um documentário sobre a Revolução, considerada pelo embaixador norte-americano à época, em Lisboa, "um raro momento da História".

A repórter aceita o trabalho, forma uma equipa e entrevista vários intervenientes e testemunhas do golpe de Estado, "revisitando os mitos da Revolução de Abril".

Em declarações à Lusa, Lídia Jorge afirmou então que pretendeu, neste romance, perspetivar "o que foi feito de uma utopia, projetá-la no decorrer do tempo e, ao mesmo tempo, levantar não só uma homenagem ao que aconteceu nesse dia [25 de Abril de 1974], como falar desse dia como um projeto de esperança, não vindo do passado mas como um projeto de futuro".

Quanto à escolha do título, afirmou: "O que é memorável não é o que ficou enterrado no passado; memorável é o que do passado se recolhe e se pode projetar no futuro".

"O romance continua a ter um papel indispensável na capacidade de transfigurar o social numa mensagem e ao mesmo tempo num projeto de sonho, que é sempre o que a arte traz. O romance continua a ser um mergulho no social e oferece sempre um projeto de futuro", rematou a escritora, na entrevista que então à Lusa.

"A Costa dos Murmúrios" (1988), "A Última Dona" (1992), "O jardim sem limites" (1995), "O Vale da Paixão" (1998), "O Vento Assobiando nas Gruas" (2002), "Combateremos a sombra" (2007), "A Noite das Mulheres Cantoras" (2011) são outros romances de Lídia Jorge, que também assinou a peça "A maçon" (1997).

A escritora é igualmente a autora dos contos "A Instrumentalina" (1992), "O Conto do Nadador" (1992), "Marido" (1997), "O Belo Adormecido" (2004), aos quais juntou "O organista", no passado mês de outubro.

ASP (NL) // MAG

Lusa/Fim

+ notícias: País

Montenegro quer português como língua oficial da ONU até 2030

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, quer que os países parceiros na CPLP alinhem posições para que o português seja reconhecido como língua oficial das Nações Unidas até 2030, considerando que "seria um justo reconhecimento".

Sindicato dos Profissionais de Polícia repudia comunicado do MAI sobre remunerações

O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) reiterou que não aceitará qualquer tentativa de induzir os cidadãos em erro, nem de discriminação dos polícias, numa reação ao comunicado emitido no sábado pelo Ministério da Administração Interna (MAI).

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".