Cogumelos em lata não entram no festival "Míscaros" do Fundão

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Porto Canal / Agências

Fundão, 13 nov (Lusa) - A comercialização e a utilização de cogumelos em lata serão "expressamente" proibidas durante o Míscaros - Festival do Cogumelo, que se realiza entre sexta-feira e domingo na localidade do Alcaide, concelho do Fundão, disse hoje a organização.

Em declarações à agência Lusa, Fernando Tavares, membro da Liga dos Amigos do Alcaide - associação que organiza o festival em parceria com a junta de freguesia local e com a Câmara do Fundão - explicou que a proibição "consta do regulamento" e que pretende "promover e valorizar os cogumelos da região", objetivo que está na génese do evento.

"Temos mais de 300 variedade de cogumelos silvestres na Serra da Gardunha. Portanto, não há necessidade nenhuma de recorrer a cogumelos que não sejam nossos e que retirem a qualidade e a componente tradicional que caracterizam este festival", sublinhou.

Fernando Tavares avisa que em caso de transgressão o espaço em causa será "imediatamente encerrado".

O abastecimento das cerca de "duas a três toneladas de cogumelos" que a organização prevê que sejam consumidas e comercializadas ao longo do certame será feito através de uma "central de compras" que integra duas empresas certificadas.

"Serão cogumelos que foram cultivados aqui ou, no caso dos silvestres, apanhados na Serra da Gardunha, mas que foram às empresas e que por isso sabemos que respeitam todas as normas e que podem ser consumidos sem receios", especificou.

No festival, que se realiza pelo sexto ano consecutivo, os moradores da localidade voltam a abrir as portas dos pisos térreos das casas, que por estes dias são transformados em tascas, restaurantes e espaços de artesanato, num total de mais de 60 participantes (40 tasquinhas e 25 expositores).

Além das iguarias gastronómicas à base de cogumelo e de outros produtos tradicionais da região, o festival terá ainda muita animação de rua e atividades paralelas dedicadas aos adultos e às crianças.

Do programa consta a realização de "live cookings" com chefes de renome da gastronomia portuguesa, de passeios micológicos e de um mega-almoço, o qual será realizado no domingo e cuja participação custará um euro por pessoa.

A organização espera receber, durante os três dias, cerca de 30 mil visitantes nacionais e internacionais, que contribuirão para injetar na economia local entre 250 a 300 mil euros.

O orçamento do festival é de 20 mil euros, valor cofinanciado por fundos comunitários.

CYC // SSS

Lusa/fim

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