Moradores de bairro de São Pedro da Cova, Gondomar, exigem obras urgentes

Moradores de bairro de São Pedro da Cova, Gondomar, exigem obras urgentes
| Norte
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Os moradores do bairro municipal da Gandra, São Pedro da Cova, Gondomar, pediram hoje à câmara medidas "urgentes" para pôr fim aos "mares de água" que "entram casa dentro", falando em "perigo para a saúde".

"Telhados que permitem a introdução de águas da chuva, porque para além de terem telhas partidas têm as traves mestras rachadas", foi o "principal problema" apontado por Altamiro Araújo, morador do bairro, que hoje tomou a iniciativa de interpelar a câmara de Gondomar.

O morador, que foi também presidente de uma comissão de moradores atualmente desativada, tomou a palavra no período destinado ao público numa reunião de câmara descentralizada que decorreu nas instalações da junta de freguesia de São Pedro da Cova, sucedendo-se intervenções de quase uma dezena de moradores do mesmo bairro.

Altamiro Araújo aproveitou a presença do executivo camarário para apresentar uma proposta: a criação de um grupo de trabalho constituído por um engenheiro da autarquia e um técnico "com conhecimentos sobre os trabalhos a efetuar", integrando depois, "em conjunto com a Segurança Social e o Centro de Emprego", moradores do bairro que "se encontrem em situação de desemprego" para "assumirem os trabalhos a levar a cabo".

Na prática, o morador sugeriu que a câmara fornecesse material e projetos para que os moradores fizessem mãos à obra.

"Temos lá muita gente desempregada que é da arte. Recebiam subsídio à mesma e trabalhavam ali. Com ajuda conseguíamos", descreveu à Lusa, à margem da reunião.

"É de facto uma situação extrema. As pessoas estão aflitas", confirmou, por sua vez o presidente da União de Freguesias São Pedro da Cova/Fânzeres, Daniel Vieira, considerando a sugestão do morador "exequível" até porque, relatou, em São Pedro da Cova há histórico de situações semelhantes já que após o 25 de Abril "rotundas e fontanários" da freguesia "foram edificados pela população".

Em resposta às queixas e pedidos de ajuda, o presidente da câmara, o socialista Marco Martins, disse "compreender a situação", mas acrescentou que uma intervenção em 2015 lhe parece "difícil" por "falta de verba".

O autarca avançou ter uma estimativa para a reabilitação do bairro, incluindo substituição de coberturas e requalificação de fachadas, que ronda os seis milhões de euros: "É 10% do orçamento total da câmara e para aí sete/oito vezes o orçamento da junta. Só tenho pena que no tempo das vacas gordas, não se tenha gastado nisso", disse.

Perante a insistência dos moradores que contaram ter entregado na autarquia "há dez anos" - ou seja quando esta era liderada por Valentim Loureiro - "um relatório com fotografias e identificação dos problemas casa à casa", Marco Martins disse ter encontrado, quando foi eleito em setembro, um projeto para demolição do bairro e edificação de três blocos de habitações.

"Deixámo-lo na gaveta porque não nos pareceu correto", disse o autarca que, à margem da sessão, em declarações à Lusa revelou que esta ideia custaria oito a nove milhões de euros.

"Nunca houve lá uma intervenção de fundo, tirando uma pintura exterior há cerca de 12 anos. É mais um problema pesado herdado", lamentou Marco Martins.

A autarquia estima que neste complexo habitacional, construído há 34 anos, vivam cerca de 1.000 pessoas.

A receita em rendas ronda os 70 mil euros/ano, sendo o valor máximo próximo dos 60 e o mínimo de 2,20.

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