PS/Porto diz que dispensa de funcionários na Segurança Social "não tem fundamento"
Porto Canal / Agências
Porto, 06 nov (Lusa) -- O PS/Porto afirmou hoje que a pretensão do Governo em dispensar cerca de 700 funcionários do Instituto de Segurança Social (ISS) não tem fundamentos lógicos e atenta contra o interesse público.
"O ISS IP tem uma missão de serviço público que não pode estar sujeita a critérios de mera aritmética orçamental, colocando em causa a missão a que se propõe", referiu em comunicado enviado à Lusa.
Segundo o partido, o ISS apresenta médias de tempo de resposta, a cidadãos e empresas, que precisam de uma melhoria para "satisfazer" a população.
"Não é, de todo, compreensível a decisão tomada de dispensar 700 funcionários quando o ISS IP se faz valer, anualmente, da prestação de trabalho de desempregados subsidiados que ocupam postos de trabalho efetivos, diligenciando a concretização de tarefas associadas a várias categorias dentro do instituto", lê-se na nota.
O PS/Porto considera esta medida "imoral e contraproducente", uma vez que, todos os anos, iniciam e cessam colaboração "inúmeros" desempregados, obrigando a uma contínua prestação de formação aos novos elementos admitidos em funções e "consequentes atrasos" na prestação de outras tarefas.
Os socialistas salientam que a decisão do Governo vai afetar o normal funcionamento dos serviços da Segurança Social e agravar o tempo de resposta, constituindo um "rude golpe na capacidade de uma administração pública moderna e ao serviço de todos".
"A Segurança Social deve estar ao serviço das necessidades de cidadãos e empresas e não ser vista como uma célula numa folha de Excel", frisou o PS/Porto.
O PS/Porto quer que a tutela esclareça "o alcance da medida, distritos envolvidos e critérios tidos em conta para a concretização dos números de dispensas avançados".
"Racionalizar não é despedir e privatizar serviços, objetivo que parece ser o motivo real desta medida e que não significa, muito pelo contrário, aumento da qualidade no serviço prestado", entendem os socialistas.
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