Pires de Lima afirma que queda do desemprego contraria "visão masoquista" da oposição
Porto Canal
O ministro da Economia, António Pires de Lima, defendeu hoje no parlamento que os últimos números do desemprego contrariam a "visão masoquista e auto-flageladora" da oposição sobre o desempenho económico.
"São dados realmente importantes que contrariam a visão miserabilista, pessimista, auto-flageladora, masoquista que a oposição tem procurado incutir no debate político", declarou o governante, que está a ser ouvido em reunião conjunta das comissões parlamentares de Orçamento, Finanças e Administração Pública e de Economia e Obras Públicas sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2015 (OE2015).
A taxa de desemprego caiu para os 13,1% no terceiro trimestre deste ano, uma queda homóloga de 2,4 pontos percentuais e um recuo de 0,8 pontos face ao trimestre anterior, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).
No debate na especialidade sobre a proposta de OE2015, Pires de Lima afirmou que a missão do Governo é "proteger os sinais de confiança e de recuperação económica", que considerou ser "mérito dos empresários, gestores e dos trabalhadores do setor privado".
"A nossa missão no Governo é, em primeiro lugar, proteger estes sinais de confiança e de recuperação económica e, por isso, o Governo não tem participado nas visões maniqueístas e masoquistas sobre a capacidade dos portugueses e da economia", sublinhou.
Na intervenção inicial, Pires de Lima defendeu que, "mais do que possível, o cenário para 2015, refletido em termos do OE2015, é bastante credível", criticando "alguns profetas da desgraça que querem agarrar-se a todas as previsões que não coincidem com as do Governo".
"É com sentido de missão que chegamos a novembro com um conjunto de dados que consubstanciam a consolidação do projeto de recuperação económica que anunciámos traduzido em dados muito objetivos", frisou.
Ainda assim, o ministro da Economia lembrou que ocorreram "algumas adversidades" – Banco Espírito Santo (BES) e Portugal Telecom (PT) - que "não são positivas para o desenvolvimento da economia".