Bogotá, 30 out (Lusa) - O ministro da Defesa anunciou que Portugal e a Colômbia vão estabelecer um acordo de cooperação na área da Defesa que prevê a utilização de meios portugueses, como submarinos e navios patrulha, por aquele país da América Latina.

O acordo foi decidido numa reunião bilateral entre Aguiar-Branco e o seu homólogo colombiano, Juan Carlos Pinzón, que decorreu na quarta-feira, na capital da Colômbia, Bogotá.

A reunião foi "muito positiva" e, do ponto de vista político, ficou acordado que Portugal e a Colômbia vão estabelecer o acordo de cooperação na área da defesa, que irá ser trabalhado até o primeiro semestre de 2015, disse à agência Lusa Aguiar-Branco.

Na reunião, "convidei o ministro da defesa da Colômbia a ir a Portugal no primeiro semestre de 2015 e, nessa altura, podemos assinar o acordo, que regerá as relações" entre os dois países na área da Defesa, disse Aguiar-Branco.

Segundo o ministro, o acordo irá ter "uma alógica global", mas, na reunião, foram adiantadas algumas áreas específicas, nomeadamente no setor naval, como a utilização pela Colômbia de meios e capacidades portugueses, como submarinos e navios patrulha oceânicos.

Na área de treino e de formação e certificação, o acordo irá permitir que a cooperação entre Portugal e a Colômbia "possa estreitar e facilitar a relação" deste país latino "com a União Europeia e a NATO", o que "é um desejo que a Colômbia tem", explicou o ministro.

Na reunião, também foi abordada a hipótese de haver troca de conhecimentos entre os dois países, nomeadamente do conhecimento que Portugal tem de África, que "também é um desejo que a Colômbia tem", e de experiências que a Colômbia tem de combate em selva e cenários semelhantes aos que existem em África.

No âmbito do acordo, continuou o ministro, existe a possibilidade de formação de oficiais colombianos e portugueses em cursos ministrados nos dois países.

Trata-se de áreas que Portugal e a Colômbia "desejam ver enquadradas por um acordo global", o qual "permita que, depois, cada uma das áreas em concreto possa ter uma linha de orientação", rematou Aguiar-Branco, que termina hoje uma visita de três dias a Bogotá.

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