Inquérito/BES: Partidos unidos na vontade de apurar toda a verdade

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Porto Canal / Agências

Lisboa, 29 out (Lusa) - Os partidos políticos mostraram-se hoje unidos na vontade de descobrir toda a verdade na comissão de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo (GES), com o PSD a enaltecer inclusive o "começo auspicioso dos trabalhos".

A expressão é do deputado Carlos Abreu Amorim, coordenador do PSD na comissão, e foi dita no final de reunião de hoje, que aprovou o regulamento e agendou para dia 17 de novembro a primeira audição.

"Há uma coisa que nos une: procurar a verdade dos factos", disse o presidente da comissão, o social-democrata Fernando Negrão, secundado por todos os partidos.

O deputado Pedro Nuno Santos do PS sublinhou o "compromisso com o apuramento da verdade e com a necessidade de se fazer luz sobre este processo".

Já Cecília Meireles do CDS disse que "em nenhuma legislatura se realizaram tantos inquéritos como nesta", e é importante haver um "foco" na procura da verdade numa comissão "extraordinariamente vasta" no seu alcance.

Mariana Mortágua, parlamentar do BE, lembrou o compromisso do partido na descoberta de "toda a verdade", inclusive nas ligações do BES e GES "ao poder político".

O PCP, que propôs a comissão, diz que "contribuirá para a credibilização do inquérito parlamentar e para a utilização deste importante instrumento no sentido da clarificação de responsabilidades políticas ou de outra ordem".

"É precisamente isso que se exige de todos os restantes grupos parlamentares, quer no que toca ao funcionamento da comissão, quer no que toca à redação do seu relatório e conclusões", declarou o deputado comunista Miguel Tiago, coordenador do partido na comissão.

No total, o PSD tem sete deputados efetivos na comissão de inquérito ao BES, incluindo o presidente, Fernando Negrão, o PS tem cinco parlamentares, PCP e CDS dois e o BE um.

A 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição.

No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos do BES, assim como os acionistas, enquanto no 'banco bom', o banco de transição que foi designado Novo Banco, ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos.

Hoje foram aprovadas todos os pedidos de audição, que são superiores a 100. O primeiro grupo de personalidades a ser ouvido está ligado ao setor da regulação e supervisão.

PPF // MSF

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