Líder do PS/Açores lamenta que país "teimosamente" insista na austeridade

| Política
Porto Canal / Agências

Ponta Delgada, 24 out (Lusa) - O presidente do PS/Açores e do Governo Regional, Vasco Cordeiro, lamentou hoje que o país, "teimosamente", persista na mera austeridade, dizendo que faltam "claramente" medidas direcionadas para o crescimento económico.

Vasco Cordeiro falava em Ponta Delgada, como presidente do PS/Açores, na abertura das jornadas da bancada socialista no parlamento regional, dedicadas ao plano de investimento público e orçamento para 2015 do executivo açoriano.

Estes documentos, sublinhou o líder do PS regional, reforçam "os instrumentos que podem fomentar a recuperação económica" nas ilhas, dão uma "atenção redobrada" aos apoios sociais e fazem "a defesa" do "ativo valiosíssimo que os Açores têm", que é o "equilíbrio" das suas contas públicas.

"Tudo isto é feito numa conjuntura nacional em que teimosamente se persiste em medidas de austeridade que tornam ainda mais difícil e exigente o trabalho que aqui fazemos nos Açores", disse Vasco Cordeiro, insistindo que "a conjuntura e as políticas desenvolvidas pelo Governo da República pesam muito na situação das famílias e das empresas dos Açores".

Para o presidente do executivo açoriano, o país vive "uma conjuntura em que claramente o que faltam são medidas direcionadas para o crescimento económico, para a criação de emprego", para que a economia nacional ("a economia de referência" dos Açores) possa criar condições que ajudem a região a ultrapassar a situação atual.

"Não nos perguntemos apenas se estamos ou não a ser afetados por uma situação de crise. A pergunta é se temos ou não um governo aqui nos Açores que até ao limite das suas competências e dos seus recursos está a trabalhar para ultrapassar essa situação e aumentar o apoio às famílias e às empresas", afirmou, considerando que o aumento em 11% do investimento público regional ou das dotações para os apoios à infância, juventude e terceira idade, em 2015, ajudam a responder a essa questão.

A nível regional, destacou que o plano de investimento para 2015 se insere numa "conjuntura em que é possível salientar a resolução de alguns aspetos" que contribuem também para a "revitalização" da economia do arquipélago: a liberalização das ligações aéreas ao continente, o desbloqueamento de processos de empreendimentos turísticos que estavam parados há anos ou os "sinais muito interessantes" de recuperação do setor cooperativo nas ilhas do Pico e de São Jorge.

Vasco Cordeiro saudou o grupo parlamentar do PS por, tal como o executivo regional, e apesar da maioria absoluta que tem na assembleia açoriana, ter optado, mais uma vez, pelo "diálogo" com parceiros sociais e outras entidades, na procura "de contributos" para o debate dos documentos orçamentais que levem "à construção de soluções" que resultem "em benefício dos açorianos".

"Porque há outras formas de exercer e exercitar este diálogo. E nós temos presenciado essas formas na atualidade política regional. Há também uma forma de exercitar o diálogo que é apenas o de legitimar de outra forma a crítica permanente e destrutiva", considerou.

MP // JLG

Lusa/Fim

+ notícias: Política

União de Freguesias da Foz no Porto vai requerer auditoria a todo o mandato de Mayan

A Assembleia da União de Freguesias da Foz do Porto aprovou esta quinta-feira, por unanimidade, requerer uma auditoria à Inspeção-Geral de Finanças aos atos administrativos e financeiros praticados desde o início de mandato e até à renúncia de Tiago Mayan.

PSD: Montenegro eleito novo presidente com 73% dos votos

O social-democrata Luís Montenegro foi hoje eleito 19.º presidente do PSD com 73% dos votos, vencendo as eleições diretas a Jorge Moreira de Silva, que alcançou apenas 27%, segundo os resultados provisórios anunciados pelo partido.

Governo e PS reúnem-se em breve sobre medidas de crescimento económico

Lisboa, 06 mai (Lusa) - O porta-voz do PS afirmou hoje que haverá em breve uma reunião com o Governo sobre medidas para o crescimento, mas frisou desde já que os socialistas votarão contra o novo "imposto sobre os pensionistas".