BE chama 'troika', ministra das Finanças, Carlos Moedas e família Espírito Santo
Porto Canal / Agências
Lisboa, 09 out (Lusa) - O Bloco de Esquerda (BE) quer ouvir na comissão de inquérito ao caso BES os elementos da 'troika', a ministra das Finanças, o futuro comissário europeu indicado por Portugal e diversos empresários e elementos da família Espírito Santo.
De acordo com o requerimento que deu hoje entrada na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do Grupo Espírito Santo, e ao qual a agência Lusa teve acesso, é pedida a audição de responsáveis políticos, da supervisão e regulação, auditores, acionistas e figuras ligadas ao BES e GES, empresários ligados ao Novo Banco e ao 'bad bank' e outras figuras do meio empresarial e bancário.
Entre estas últimas contam-se por exemplo os nomes de Zeinal Bava, ex-presidente executivo da PT e da Oi, Henrique Granadeiro, ex-presidente do conselho de administração da PT, ou Álvaro Sobrinho, ex-presidente e acionista do BESA e acionista da Akoya Asset Management.
A equipa de 'chefes de missão' da 'troika' em Portugal e Carlos Moedas, futuro comissário europeu e ex-responsável pela ligação entre o Governo e a 'troika', são nomes do meio político que os bloquistas, representados na comissão por Mariana Mortágua e João Semedo, este como suplente, querem ouvir.
Elementos da família Espírito Santo e outros nomes ligados ao BES, bem como figuras do setor da supervisão e regulação, são também chamados pelo BE, com boa parte dos requeridos a coincidir com os propostos pelo PCP, o primeiro partido a apresentar os nomes que quer ouvir na comissão.
No total, o PSD tem sete deputados efetivos na comissão de inquérito ao BES, incluindo o presidente, Fernando Negrão, o PS tem cinco parlamentares, PCP e CDS dois e o BE um.
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