BES: Auditoria forense fechada em breve mas com limitações na investigação
Porto Canal / Agências
Lisboa, 08 out (Lusa) - O governador do Banco de Portugal (BdP) afirmou hoje que a auditoria forense deverá estar concluída em breve, alertando que a equipa de investigação se vai deparar com jurisdições opacas ou não colaborantes.
"Espero que se conclua a muito breve trecho", disse, adiantando que a investigação "se vai deparar com a existência de jurisdições opacas ou não colaborantes", declarou Carlos Costa, na comissão parlamentar de Finanças, Orçamento e Administração Pública.
O governador alertou que as investigações aos factos que levaram ao colapso do Banco Espírito Santo (BES) estão limitadas por essa "barreira".
Uma equipa tripartida composta por especialistas do Banco de Portugal, da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e da Deloitte arrancou com uma auditoria forense às contas do Banco Espírito Santo (BES) a 29 de julho.
"É uma equipa grande de especialistas das três entidades, incluindo, técnicos informáticos", revelou, na altura, à Lusa uma fonte ligada à investigação.
Os peritos vão 'passar a pente fino' todas as matérias relacionadas com a gestão de carteiras, com a gestão de patrimónios, com as contas e com a comercialização de instrumentos financeiros, adiantou à Lusa a referida fonte.
A 24 de julho, a Lusa noticiou que o Banco de Portugal e a CMVM iam avançar com uma auditoria conjunta sobre as atividades desenvolvidas pelo BES e outra entidade do grupo, segundo um documento confidencial a que teve acesso.
"Está prevista uma colaboração entre a CMVM e o Banco de Portugal na definição de uma auditoria a solicitar às atividades desenvolvidas pelo BES [Banco Espírito Santo] e por uma outra entidade do mesmo grupo", segundo o documento.
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