Fenprof critica MEC por atribuir responsabilidades aos diretores das escolas

| País
Porto Canal

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) considerou hoje “um desrespeito” pela classe a anulação da contratação dos professores e criticou o Ministério da Educação e Ciência (MEC) por atribuir responsabilidades dos erros aos diretores das escolas.

“Há aqui um desrespeito tremendo pelos professores e uma atribuição de responsabilidade a quem não as têm”, disse à agência Lusa o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira.

Vários agrupamentos de escolas receberam hoje orientações do Ministério da Educação para anularem as colocações de professores do concurso da bolsa de contratação, informou à Lusa um diretor de um estabelecimento.

A orientação foi dada pela tutela horas antes da divulgação das novas listas, que substituem as anteriores, nas quais foram detetados erros, que levaram à demissão do antigo diretor-geral da Administração Escolar.

Mário Nogueira adiantou que o MEC ao dizer que “são os diretores das escolas que têm que assinar o despacho de revogação está implicitamente a atribuir as responsabilidades dos erros aos diretores das escolas“.

O sindicalista sublinhou que “ao pretender que sejam os diretores a assinar o despacho de revogação do ato, o MEC atribui-lhes, efetivamente, a culpa pelo sucedido, sendo estes, se o fizerem, visados pelas queixas em tribunal que daí resultem”.

O secretário-geral da Fenprof questionou também sobre “o que vale a palavra do ministro”, depois de ter afirmado, na Assembleia da República, que os professores já colocados não iam ser prejudicados e que ia resolver o problema caso a caso.

“O ministro da Educação decidiu agora resolver os casos todos de uma vez e anulou tudo. Ao anular não respeitou a palavra que assumiu na Assembleia da República”, sustentou, adiantando que há professores que já tinham casas arrendadas e que agora ficaram sem colocação.

Mário Nogueira sugere aos docentes já contratados em escolas e que ficaram agora sem colocação para que se apresentem, na segunda-feira, no estabelecimento de ensino onde tinham sido colocados com os horários assumidos.

Outros dos cenários avançados pelo secretário-geral da Fenprof é que há escolas com professores colocados, mas que na segunda-feira vão ficar sem eles porque os docentes vão optar por outras devido ao erro do Ministério.

“Isto entrou numa espiral de tal ordem que vai sempre criar problemas uns a seguir aos outros”, disse, sublinhando que “estamos em outubro e a bola de neve não para de crescer”.

Mário Nogueira voltou a pedir a demissão do ministro da Educação, Nuno Crato, acusando-o de “irresponsável”.

“Isto é de uma irresponsabilidade que numa verdadeira democracia obrigava o ministro da Educação a demitir-se ou a alguém a demiti-lo”, disse.

+ notícias: País

FC Porto vai ter jogo difícil frente a Belenenses moralizado afirma Paulo Fonseca

O treinador do FC Porto, Paulo Fonseca, disse hoje que espera um jogo difícil em casa do Belenenses, para a 9.ª jornada da Liga de futebol, dado que clube "vem de uma série de resultados positivos".

Proteção Civil desconhece outras vítimas fora da lista das 64 de acordo com os critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro

A Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) disse hoje desconhecer a existência de qualquer vítima, além das 64 confirmadas pelas autoridades, que encaixe nos critérios definidos para registar os mortos dos incêndios na região centro.

FC Porto em sub17 recebe e vence Padroense 2-1

A equipa de Sub-17 do FC Porto recebeu e bateu este domingo o Padroense (2-1), no Olival, em jogo da 11.ª jornada da 2.ª fase do Campeonato Nacional de Juniores B. Francisco Ribeiro (41m) e Pedro Vieira (62m) assinaram os golos dos Dragões, que mantêm a liderança da série Norte, com 28 pontos, mais três do que o Sporting de Braga.