Governo Alemão diz estar "compreensivo com situação política difícil" de Portugal

Governo Alemão diz estar "compreensivo com situação política difícil" de Portugal
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Porto Canal

O Governo alemão "está compreensivo com a situação política difícil" em Portugal, afirmou hoje uma porta-voz do ministério das finanças alemão, depois de Lisboa ter pedido para adiar a próxima avaliação da 'troika'.

"Partimos do princípio que é do interesse de Portugal manter o rumo" das reformas iniciadas há três anos, declarou esta porta-voz, Marianne Kothé, durante uma conferência de imprensa habitual do Governo em Berlim.

"Mas ao mesmo tempo compreendemos a situação política difícil" na qual se encontra o país, adiantou.

A porta-voz tinha sido questionada sobre o pedido efetuado na quinta-feira pelo Ministério das Finanças português para diferir para finais de agosto a próxima avaliação da 'troika' (Banco Central Europeu, Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) sobre a evolução das reformas no país.

O resultado desta avaliação condicionará a entrega de uma nova tranche da ajuda internacional.

A próxima missão da 'troika' em Portugal deveria começar a 15 de julho.

Kothé sublinhou que a decisão sobre o pedido de Lisboa seria tomada em concertação com todos os Estados membros da zona euro e recordou que aos olhos da Alemanha "os primeiros sucessos" do programa em curso em Portugal são visíveis.

Portugal vive atualmente um impasse político, com PSD, CDS e PS a tentarem responder ao apelo do Presidente da República para a celebração de um "compromisso de salvação nacional".

Na quarta-feira, o Presidente da República propôs, numa comunicação ao país, um "compromisso de salvação nacional" entre PSD, PS e CDS que permita cumprir o programa de ajuda externa e eleições antecipadas a partir de junho de 2014.

Cavaco Silva considerou também "extremamente negativo para o interesse nacional" a realização imediata de eleições legislativas antecipadas.

A declaração do Chefe de Estado surgiu depois de ter ouvido todos os partidos com representação parlamentar e os parceiros sociais e na sequência do pedido de demissão apresentado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, no dia 02 de julho.

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