Professores contratados exigem demissão de ministro e anulação de concurso

Professores contratados exigem demissão de ministro e anulação de concurso
| País
Porto Canal

Cerca de 100 professores contratados exigem, desde as 15 horas de hoje, a demissão do ministro da Educação, Nuno Crato, devido a alegados erros nas colocações através da Bolsa de Contratação de Escola.

Os professores pedem a anulação do concurso e exibem cartazes com as palavras de ordem "Demissão" e "Está na hora do ministro ir embora".

O protesto reúne professores maioritariamente contratados e foi convocado na rede social Facebook por diferentes organizações.

O deputado do Bloco de Esquerda Luís Fazenda juntou-se à concentração designada "Meet no MEC" para manifestar solidariedade com os docentes.

"Este concurso só pode ser anulado. Os apelos à demissão que aqui se ouvem são o corolário lógico de tanta incompetência", disse o deputado à imprensa no local.

Luís Fazenda afirmou que a credibilidade do ministro sai "completamente queimada", devido à alegada utilização de uma fórmula matemática contendo erros, o que segundo os professores, alterou o processo normal de graduação dos candidatos.

Belandina Vaz, professora de História que tem participado nos protestos, disse a agência Lusa que a Bolsa de Contração de Escola - cujos resultados foram conhecidos na semana passada - contém "imensas irregularidades e falhas" na colocação de professores.

“Ficou provado que a fórmula matemática que foi usada estava errada e a graduação não contou quase nada”, defendeu.

Segundo a professora, o alegado erro fez com que milhares de professores com mais de 10 anos de serviço “ficassem em lugares muito inferiores” a outros com menos experiência.

Belandina Vaz alegou ainda, à semelhança dos outros professores presentes na manifestação, que os subcritérios que tiveram de preencher numa plataforma informática “não são transparentes”.

“Não sabíamos a que escola estávamos a responder” nestes campos, apontou.

Leona Carrilho, uma professora com 15 anos de serviço presente no protesto, subscreveu as críticas da colega: “dou aulas há 15 anos e já passei por 20 escolas”, disse.

Este ano não ficou colocada e vai continuar a concorrer para dar aulas de Português e Francês até que “a situação se resolva”.

Vitor Miranda, membro da Federação Nacional dos Professores ( Fenprof), juntou-se ao protesto em solidariedade. Entrou este ano para os quadros no concurso extraordinário de vinculação, ao fim de 18 anos contratado.

O problema, disse à Lusa, foi a aplicação de uma fórmula que resulta numa média que não é ponderada e utiliza diferentes medidas. “É a mesma coisa que somar quilos com litros”, exemplificou .

“Em última instância, se estivesse a aplicar isto aos meus alunos permitiria que um aluno com 20 pudesse ficar com negativa no final do período, ou que um aluno de zero entrasse na universidade com 50 por cento”, declarou.

Os professores deixaram no Ministério um pedido de audiência.

Ao protesto juntou-se a mãe de uma criança autista inscrita no agrupamento de escolas Patrício Prazeres, em Lisboa, onde terão mandado estes alunos (com necessidades educativas especiais) ficar em casa por ainda não estarem colocados os professores necessários.

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