Autarca de Viana do Castelo quer acabar com custos galopantes do depósito de resíduos

Autarca de Viana do Castelo quer acabar com custos galopantes do depósito de resíduos
| Norte
Porto Canal/Agências

O presidente da Câmara de Viana do Castelo defendeu, esta terça-feira, a necessidade de encontrar “políticas nacionais” para acabar com os “custos galopantes” associados ao depósito de resíduos.

“Tem que haver aqui decisões, uma estratégia nacional, um novo modelo de gestão, de operacionalização do tratamento dos resíduos depositado (...). Começámos por pagar 8,1 euros, vamos pagar 64 euros em 2026 e a expectativa é, daqui a dois anos, pagarmos 92 ou 94”, alertou Luís Nobre, no fim da reunião camarária, em declarações aos jornalistas.

O autarca considera que “os municípios não podem também suportar [a despesa] e utilizar recursos que precisam para outras necessidades”.

“Têm de se encontrar políticas nacionais para não existir este aumento dos custos associados ao depósito de resíduos nos sistemas, no caso, no nosso sistema da Resulima. Isto é uma dificuldade a nível nacional. Acho que há consciência de todos, desde a ERSAR [regulador do setor] à tutela, o Governo, para este constrangimento, porque os custos associados anualmente têm sido galopantes e não há capacidade de estarmos a refletir apenas em quem utiliza o serviço”, observou o socialista.

Para o presidente da câmara, a situação atual é “insustentável”, sendo necessário encontrar um “outro modelo de gestão dos resíduos”.

“Há que tomar decisões. Sei que algumas delas são disruptivas, podem remeter para uma discussão mais estrutural, mais alargada. A questão do tratamento por via da incineração pode ser uma solução, mas há outras. Não sou técnico, o que sei é que é insuportável este crescimento, este incremento nos custos da operação”, vincou.

A solução, disse, pode ser feita “pela via do financiamento” ou por “soluções técnicas de tratamento”.

“Há soluções mais económicas relativamente ao que nós estamos a usar na Resulima”, disse.

O autarca observa que, “só os custos de energia com a separação dos resíduos que são depositados antes de irem para o aterro, são absolutamente insuportáveis no que são hoje os custos com energia”.

“Isso impacta o custo de depósito por tonelada. Temos que reduzir os custos da operação para que, efetivamente, a taxa a pagar pelo serviço de depositar cada tonelada seja inferior”, sustentou.

A área de abrangência da recolha e tratamento de resíduos da Resulima é o Vale do Lima e Baixo Cávado, com cerca de 1.743 quilómetros quadrados, e inclui os municípios de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo, (distrito de Viana do Castelo), bem como os concelhos de Barcelos, Esposende (distrito de Braga), explica a empresa na sua página da Internet.

Em causa está uma população de cerca de 307.479 habitantes.

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