Eduardo Vítor Rodriges pede ao Tribunal de Contas auditoria urgente à Câmara de Gaia

Eduardo Vítor Rodriges pede ao Tribunal de Contas auditoria urgente à Câmara de Gaia
Foto: Eduardo Vítor Rodrigues | Facebook
| Norte
Porto Canal/Agências

O ex-presidente socialista da Câmara de Gaia Eduardo Vítor Rodrigues pediu ao Tribunal de Contas uma auditoria “com caráter de urgência” à sua gestão daquela autarquia para “esclarecer o palavreado que por aí anda”.

Numa publicação na rede social Facebook, o ex-autarca revela que fez aquele pedido numa carta dirigida à presidente do Tribunal de Contas, Filipa Urbano Galvão, na qual acusa o atual executivo, liderado por Luís Filipe Menezes (PSD/CDs-PP/IL), de estar a usar as contas da autarquia como “um ‘choradinho’ instrumental de perseguição pessoal e política”.

Na missiva, datada de 6 de dezembro, que acompanha a publicação, Eduardo Vítor Rodrigues refere que Luís Filipe Menezes, em campanha eleitoral, anunciou a realização de uma auditoria externa à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, mas que “ao fim deste tempo todo” ainda “nenhuma diligência que se conheça foi encetada”, havendo “apenas palavreado e ‘show-off’ mediático e nas redes sociais”.

“Ora, num tempo em que importa salvaguardar a dignidade institucional, a verdade dos factos, a celeridade dos procedimentos e o combate aos ódios, venho (…) solicitar as melhores diligências para que seja realizada uma Auditoria Independente do Tribunal de Contas (a única que pode ser célere e tutelar) e com caráter de urgência”, justifica na missiva.

O ex-autarca salienta que aquele procedimento, “apurados todos os elementos e concluindo em conformidade” das decisões tomadas, servirá para “salvaguardar o nome do município junto de parceiros e fornecedores, mas também o nome das pessoas (políticos e técnicos) que colocaram Gaia na senda da boa gestão municipal”.

Eduardo Vítor Rodrigues pede ainda que aquela auditoria seja acompanhada pelo Ministério Público e que o período em análise se estenda até 31 de dezembro de 2025.

A Lusa tentou obter mais esclarecimentos junto de Eduardo Vítor Rodrigues, mas, até ao momento, não foi possível.

Na quinta-feira, o vereador das Finanças da Câmara de Gaia, Fernando Machado, disse que a autarquia recebeu uma "herança difícil" e tem de pagar 122 milhões de euros em compromissos até final do ano, falando em "mentiras" nas contas do anterior executivo PS.

As declarações de Fernando Machado levaram a que, na sexta-feira, os vereadores do PS na câmara de Gaia desafiassem o executivo de Luis Filipe Menezes a fazer uma auditoria às contas da autarquia nos últimos 15 anos, afirmando que aqueles números não constam de documentos oficiais.

O novo executivo fala em 122 milhões de euros em compromissos/obrigações a pagar até final deste ano, ao passo que os números do anterior executivo, até 30 de setembro, para pagamentos não vencidos, apontavam para 29,7 milhões.

Quanto aos créditos em curso devidos (verbas a receber), o novo executivo aponta para 27 milhões de euros, ao passo que o anterior executivo apontava para 73,5 milhões, um "valor médio calculado pela receita angariada em 2025".

Já sobre as dívidas em execução fiscal, o novo executivo aponta para um recebimento de 2,5 milhões de euros, e o anterior falava em 8,4 milhões na em fase de cobrança coerciva.

Nos empréstimos de longo prazo, o novo executivo fala em 125 milhões de euros de "montante total dos empréstimos contratados em pagamento/utilização", e o anterior apontava para 84 milhões em "empréstimos de longo prazo em normal pagamento (de cinco a 20 anos)".

Quanto ao orçamento para 2026, o novo executivo estima um ponto de partida negativo de seis milhões de euros, decorrente de 334 milhões de despesa e 328 milhões de receita.

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