Ópera, teatro e música em destaque nas propostas do Teatro de Vila Real para 2026

Ópera, teatro e música em destaque nas propostas do Teatro de Vila Real para 2026
Foto: Teatro Municipal de Vila Real
| Norte
Porto Canal/Agências

A estreia da ópera “Amor de Perdição”, que conclui as comemorações do bicentenário de Camilo Castelo Branco, e a peça “Catarina e a beleza de matar fascistas” são destaques da programação do Teatro de Vila Real para 2026.

O presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, disse esta quinta-feira que a programação 2026 do teatro municipal terá “peças poderosas” que lembram a “necessidade da palavra” e mostram o “seu poder na luta por uma sociedade mais livre e mais justa”.

O autarca, que falava em conferência de imprensa, disse que para o primeiro trimestre do novo ano estão previstas cerca de 40 propostas, entre 14 concertos, 11 peças de teatro, duas de dança, uma ópera, sete sessões de cinema e duas conversas de bastidores.

“É um período de programação com muitos destaques a ter em conta, e falo apenas por ordem cronológica, começando pelo bailado clássico ‘O lago dos cisnes’, a peça de teatro ‘À primeira vista’, o novo concerto de Miguel Araújo, a estreia absoluta da ópera ‘Amor de Perdição’ e, a fechar o trimestre, a peça mundialmente célebre ‘Catarina e a beleza de matar fascistas', de Tiago Rodrigues”, destacou Alexandre Favaios.

A programação para 2026 arranca a 2 de janeiro com o bailado clássico “O Lago dos Cisnes”, pela Classic Stage, um espetáculo inserido no Festival de Ano Novo que, nesta edição, inclui um espetáculo infantil, os concertos do pianista Pedro Teixeira, natural de Santa Marta de Penaguião, de Paulo Vaz de Carvalho com o Oniros Ensemble e da Orquestra do Norte.

Este é, segundo o diretor do Teatro, Rui Araújo, “um evento sobretudo dedicado à música clássica”.

Com a peça “À Primeira Vista”, de Margarida Vila-Nova, vai-se falar do “patriarcalismo da lei”, em “Órfãos”, do Teatro da Rainha, pretende-se ajudar a “desmontar a lógica do ‘nós ou eles, das ‘pessoas de bem versus pessoas de mal” e, a partir de “Memórias do Subterrâneo”, Sara Ribeiro vai refletir sobre o paradoxo da liberdade humana.

As companhias locais Urze Teatro apresentam “A Mãe”, de Bertolt Brecht, e a Filandorra propõe “Um Pedido de Casamento”, de Tchekhov.

A 13 de março estreia-se a ópera “Amor de Perdição”, a partir de Camilo Castelo Branco, com música de Fernando Lapa e libreto de Eduarda Freitas, num projeto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), com o apoio do município de Vila Real e coprodução do Teatro de Vila Real.

“É o espetáculo de encerramento das comemorações do bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco”, destacou a vereadora da Cultura, Mara Minhava.

A autarca adiantou que, em 2026, arrancam as atividades de dois projetos que celebram o escritor, designadamente “Camilo por terras do interior”, que conta com a parceria da Câmara de Ribeira de Pena, e “Camilo e a música”, com os municípios de Braga e Cabeceiras de Basto.

No Dia Mundial do Teatro, a 27 de março, Vila Real recebe o espetáculo “Catarina e a Beleza de Matar Fascistas”, de Tiago Rodrigues, que já tem duas sessões esgotadas e reflete sobre o “fenómeno da extrema-direita em Portugal”.

O Dia Mundial da Poesia, a 21 de março, será celebrado com “La Negra”, um espetáculo que “funde música, poesia e performance”.

Na área da música há ainda concertos de Miguel Araújo, Sofia Leão e o BOREAL – Festival de Inverno que conta com os Best Youth e os Três Tristes Tigres.

"Este é um festival dedicado sobretudo a projetos emergentes", salientou Rui Araújo, que referiu que o evento tem servido de palco para artistas locais "se darem a conhecer".

Neste período há ainda a exposição “A cor do barro presto: rostos”, de Jorge Marinho, e haverá duas Conversas de Bastidores, com o poeta, dramaturgo e encenador Henrique Manuel Bento Fialho e o ator de “Catarina e a beleza de matar fascistas” e recitador integral de “Os Lusíadas” António Fonseca.

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