O presidente da Câmara de Braga, João Rodrigues, afirmou que tende e quer governar com maioria, o que implicaria a entrega de pelouros a vereadores da oposição, mas sublinhou que também sabe governar com minoria.

Em declarações aos jornalistas no seu primeiro dia de trabalho como presidente da Câmara, João Rodrigues, eleito pela coligação PSD/CDS-PP/PPM, acrescentou que nos próximos dias vai conversar com as várias forças que elegeram para o executivo, à procura de convergência.

“Eu tendo e quero governar com maioria e abro as portas para que isso aconteça. Vamos ver no fim das conversações o que é que isto dá”, referiu.

Reiterou que os programas eleitorais das principais forças políticas que foram eleitas, “de forma manifesta, não são de todo inconciliáveis”, mas avisou que há matérias das quais não abdicará.

“Podemos discordar aqui ou ali, e podemos limar algumas arestas. Agora, obviamente, também há assuntos sobre os quais eu não abdico e de que não hei de abdicar. Tenho prioridades e essas prioridades são as prioridades da câmara municipal hoje”, vincou.

Liderada por João Rodrigues, a coligação elegeu apenas três dos 11 elementos que compõem o executivo municipal.

O PS e o movimento independente Amar e Servir Braga também elegeram três vereadores cada, enquanto o Chega e a Iniciativa Liberal elegeram um.

“Com a devida humildade, eu sei bem como é que se governa com maioria ou sem maioria”, afirmou João Rodrigues.

Se decidir entregar pelouros à oposição, exigirá seriedade, trabalho, comprometimento, honestidade, com vista à convergência.

“Há aqui uma coisa óbvia: temos todos um fim em comum, que é a qualidade de vida dos bracarenses. Podemos discordar aqui ou ali e podemos limar algumas arestas”, disse ainda, realçando que tem as “portas completamente abertas” para se encontrar uma solução de estabilidade.

Como prioridades do seu mandato, apontou a construção da via circular externa e a colocação do Plano Diretor Municipal (PDM) em vigor “o mais rapidamente possível”.

Disse que, no que depender dele, o PDM estará em vigor ainda este ano.

“No que depender de mim está. E é possível”, afirmou.

Neste primeiro dia como presidente, João Rodrigues confessou sentir o peso da responsabilidade, mas também muita satisfação, alegria e até de alguma adrenalina, “porque há mesmo muito para fazer”.

“Eu sinto que tenho muito para fazer e quero começar o mais rapidamente possível a trabalhar e a produzir algo em prol da cidade, que é isso que me move, é isso que me trouxe até aqui e é por isso que eu cá estou, para trabalhar em nome da cidade, para fazer desta a melhor cidade do país para se viver”, rematou.