Reitor da U.Porto escusa comentar palavras do ministro da Educação sobre curso de Medicina

Reitor da U.Porto escusa comentar palavras do ministro da Educação sobre curso de Medicina
Foto: Universidade do Porto
| Porto
Porto Canal/Agências

O reitor da Universidade do Porto escusou-se a comentar as palavras do ministro da Educação de que "está encerrado" o assunto polémico do concurso para Medicina e remete qualquer esclarecimento adicional para o comunicado de imprensa de sexta-feira.

O ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, disse esta segunda-feira, no Porto, que, para o Ministério que titula, "está encerrado" o assunto relativo ao polémico concurso especial de acesso ao Mestrado Integrado em Medicina da Universidade do Porto (U.Porto).

Questionado pela agência Lusa sobre se o assunto também estava encerrado para o reitor da U.Porto, uma fonte oficial da Reitoria da U. Porto disse que o reitor da U.Porto remete a sua resposta para o comunicado de imprensa que divulgou na sexta-feira, onde se lia que “qualquer outro esclarecimento adicional será prestado unicamente às entidades que venham ainda a ser chamadas a intervir neste processo”.

A polémica do concurso especial de acesso ao Mestrado Integrado em Medicina na U.Porto veio a público na sexta-feira, com uma notícia no semanário Expresso, onde o reitor da U.Porto denunciava ter recebido “pressões de várias pessoas influentes e com acesso ao poder” para deixar entrar na Faculdade de Medicina 30 candidatos que não tinham obtido a classificação mínima na prova (14 valores), nota essa exigida no curso especial de acesso ao Mestrado Integrado.

Esta segunda-feira, o ministro da Educação esteve no Porto a Inaugurar a nova residência estudantil da Federação Académica do Porto (FAP), que vai dar quarto a 24 novos alunos da U. Porto, e, à margem dessa inauguração, disse aos jornalistas que este domingo foi contactado telefonicamente pelo reitor da U.Porto a manifestar-lhe “preocupação” com o facto de que “esta situação pudesse prejudicar a relação entre a Universidade do Porto e o Ministério da Educação, Ciência e Inovação".

“Obviamente, eu garanti-lhe que o Governo trata todos os cidadãos e todas as instituições por igual e a Universidade do Porto é uma grande instituição e, nem que não fosse, as instituições são todas iguais, as relações manter-se-ão institucionalmente como anteriormente”.

O ministro disse ainda não compreender a razão porque o assunto relativo a esta questão surgiu na sexta-feira, quando tinha havido uma conversa a 21 de agosto em que, perante a base ilegal existente, se tinha concluído que “não havia nada a fazer”.

“Volto a dizer isso, o Ministério não pode fazer mais nada. Da parte do Ministério, o assunto está completamente encerrado. Eu até tenho dificuldade em perceber porque é que este tema surge a 5 de setembro, quando há um e-mail para o Sr. reitor a fechar o problema, a dizer que não há mais nada a fazer”, afirmou.

Na sexta-feira, e depois de co ministro da Educação ter dito que o reitor mentiu, António Sousa Pereira enviou um comunicado à Lusa a explicar que “em nenhum ponto” da notícia do Expresso refere que foi pressionado pelo ministro da Educação a aceitar candidatos ao curso de Medicina, mas sim por pessoas “influentes e com acesso ao poder".

No comunicado, António Sousa Pereira garantia que não mentiu e recorda que a notícia do Expresso refere “pressões de várias pessoas influentes e com acesso ao poder”, estranhando a acusação de Fernando Alexandre, bem como o tom adotado durante a sua declaração pública.

O “Esclarecimento do MECI e a declaração posterior do senhor ministro em conferência de imprensa confirmaram, de resto, todos os factos descritos da notícia do Expresso, incluindo as pressões de que também o MECI e o Parlamento foram objeto”

A nova residência estudantil da FAP custou 150 mil euros, um valor oriundo de receitas da Queima das Fitas, e abre portas na quinta-feira a 24 estudantes bolseiros.

A Academia 24 do Marquês tem 24 camas distribuídas por seis quartos com 26 metros quadrados (m2), dois quartos com 16 m2 e dois quartos com 10 m2, duas cozinhas equipadas, duas salas de estar. A residência tem também espaços de trabalho comum, duas casas de banho e um salão de jogos.

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