Câmara do Porto e STCP estudam solução para metrobus na rotunda da Boavista

Câmara do Porto e STCP estudam solução para metrobus na rotunda da Boavista
| Porto
Porto Canal / Agências

A Câmara e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) vão “estudar a melhor solução” e “avaliar a exequibilidade” do metrobus na rotunda da Boavista”, onde o veículo inverte a marcha em contramão, disse fonte oficial da autarquia.

“Vai ser estudada a melhor solução perante o que foi visto nos ensaios”, revelou à Lusa fonte oficial do município, cerca de uma semana depois de ser feito o primeiro teste da operação.

Os ensaios do metrobus “foram acompanhados pela Polícia Municipal e pela STCP e, mediante a observação feita, a Câmara e a STCP, enquanto autoridade de transporte do Porto, vão avaliar a exequibilidade da operação do metrobus na zona da rotunda da Boavista”, explicou.

O veículo em testes percorreu a ligação Império-Boavista e, em frente à Casa da Música, saiu do canal dedicado e deslocou-se para a faixa de rodagem pública para ter ângulo para fazer inversão de marcha.

O metrobus entrou, depois, em contramão na rotunda para conseguir descer a avenida da Boavista em direção à praça do Império, obrigando à paragem do trânsito, de acordo com a viagem filmada e partilhada nas redes sociais.

De acordo com informações da Metro do Porto, “todas as operações, incluindo as de aproximação e paragem em todas as sete estações, bem como a de inversão de marcha na rotunda da Boavista, em frente à Casa da Música, foram várias vezes testadas com sucesso, sem qualquer anomalia a registar".

O metrobus do Porto fez na noite de 5 de junho e na madrugada de 6 de junho os primeiros ensaios, mais de nove meses após a empresa anunciar o fim das obras principais do projeto.

O primeiro veículo percorreu todo o percurso da ligação Boavista – Império, ao longo das avenidas da Boavista e Marechal Gomes da Costa, incluindo a inversão de sentido em ambos os extremos da linha, segundo a Metro do Porto.

A 15 de maio, o presidente da Metro do Porto disse que os testes deviam ocorrer "na última semana de maio", manifestando a intenção de entregar a operação à STCP em julho.

O metrobus vai ligar a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) e tem previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e no segundo Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).

Os veículos do serviço serão autocarros a hidrogénio visualmente semelhantes aos do metro convencional e construídos por 29,5 milhões de euros por um consórcio que integra a CaetanoBus e a DST Solar, incluindo a infraestrutura de alimentação.

A obra do metrobus custa cerca de 76 milhões de euros.

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