Líder do PS de Braga demite-se depois de notícias sobre envolvimento em violência doméstica

Líder do PS de Braga demite-se depois de notícias sobre envolvimento em violência doméstica
Foto: Victor Hugo Salgado | Facebook
| Política
Porto Canal / Agências

O líder do PS de Braga disse que deixará o cargo e lamentou a decisão do partido de não o apoiar na sua recandidatura à Câmara de Vizela, após notícias de alegadas agressões de Victor Hugo Salgado à mulher.

Lembrando não ter sido ouvido nem acusado em qualquer processo, o autarca concluiu que, por isso, o Partido Socialista se precipitou “ao manifestar uma posição de não apoio à sua candidatura nas próximas eleições autárquicas”, algo que diz lamentar.

Em comunicado enviado à agência Lusa, o PS expressou “a sua inequívoca condenação de qualquer forma de violência doméstica e manifesta profunda preocupação com as informações que vieram a público” sobre o presidente da Câmara de Vizela e da Federação Distrital de Braga do PS.

“O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, solicitou a Victor Hugo Salgado que renunciasse ao cargo de presidente da Federação do PS de Braga. Informou igualmente que o Partido Socialista não apoiará a sua recandidatura à presidência da Câmara Municipal de Vizela”, anuncia no mesmo comunicado.

Victor Hugo Salgado afirma que, antes do comunicado do PS, já tinha demonstrado ao secretário-geral a sua vontade de se afastar da presidência da Federação Distrital de Braga, tal como de todos os cargos que ocupa nos órgãos do partido, “para não prejudicar o processo eleitoral das legislativas”.

Ainda sobre as notícias de alegadas agressões de Victor Hugo Salgado à mulher, refere que “em resposta ao julgamento sumário na opinião pública, não tem conhecimento da existência qualquer processo.

Esta reação surge depois de o Observador ter revelado que Victor Hugo Salgado, que é recandidato pelo PS à presidência da Câmara de Vizela, no distrito de Braga, está a ser investigado por suspeitas de violência doméstica. O Observador avançou ainda que a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a GNR confirmam que há um inquérito aberto contra o autarca.

“Não fui constituído arguido e estou totalmente disponível para prestar declarações perante qualquer entidade judicial”, reforçou o atual autarca socialista de Vizela.

No comunicado enviado à Lusa, não esclarece se mantém a sua candidatura à presidência do município, depois de o PS lhe ter retirado o apoio.

A Lusa tentou, sem sucesso, ouvir Victor Hugo Salgado para esclarecer essa questão.

Para o autarca, as notícias que dão conta do seu envolvimento num processo de violência doméstica “surgem de um conjunto de emails anónimos que circularam numa tentativa de instrumentalização da vida privada para fins de combate político”.

“Este tipo de notícias prejudica gravemente o crescimento saudável dos meus filhos e causam danos irreparáveis ao seu desenvolvimento”, rematou.

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