Procissão das Endoenças promete milhares de velas nas margens do Douro e Tâmega

Procissão das Endoenças promete milhares de velas nas margens do Douro e Tâmega
Foto: CM Penafiel
| Norte
Porto Canal / Agências

Milhares de velas acesas vão iluminar as margens dos rios Douro e Tâmega, na noite de Quinta-Feira Santa, em Penafiel, numa cerimónia secular, a Procissão das Endoenças, que atrai todos os anos milhares de devotos.

A autarquia de Penafiel assinala que a procissão que está a ser preparada constitui um evento de turismo religioso, tantas são as pessoas que naquela noite se deslocam a Entre-os-Rios, no sul daquele concelho do distrito do Porto, para presenciarem um “cenário único” proporcionado pela observação das velas em chamas nas margens dos dois rios.

Nos leitos do Tâmega e no Douro, naquela noite, observam-se embarcações, conhecidas como “barcos de fogo”, também engalanadas com velas acesas cuja luz reflete no espelho de água, acompanhando a procissão.

As Endoenças são um momento inscrito no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.

A procissão realiza-se há mais de 300 anos e constitui um momento religioso importante para as comunidades católicas dos concelhos de Penafiel (Eja), na margem direita do Tâmega, e de Marco de Canaveses (Torrão), na margem esquerda.

Também as populações da margem esquerda do Douro, no concelho de Castelo de Paiva, participam ativamente na celebração, honrando a tradição.

Tudo começa na Igreja Paroquial de Santa Clara do Torrão, com a Missa da Ceia do Senhor, às 20h00. Uma hora mais tarde, sai a procissão do Senhor dos Passos, acompanhada por "barcos de fogo", em direção à Capela de S. Sebastião, em Entre-os-Rios (Eja). Ali terá lugar o "Sermão do Encontro" entre Jesus Cristo e Nossa Senhora das Dores, “um momento aclamado pelos fiéis.

Na Sexta-Feira Santa, a Procissão do Enterro do Senhor cumpre o percurso inverso, atravessando o Tâmega, de regresso à Igreja Paroquial de Santa Clara do Torrão.

Citado num comunicado enviado à Lusa, o presidente da Câmara de Penafiel, Antonino de Sousa, assinala que aquele momento religioso constitui “um legado que honra o passado, mas que também olha para o futuro, valorizando o património e promovendo Penafiel como um destino de cultura e fé”.

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