Presidente da Casa da Música quer lutar por aumento de financiamento público e privado

Presidente da Casa da Música quer lutar por aumento de financiamento público e privado
| Porto
Porto Canal / Agências

A presidente do conselho de administração da Casa da Música, Isabel Furtado, espera aumentar o financiamento da instituição, quer do lado público quer do lado dos privados, algo que considera fundamental para o crescimento da Casa.

Em entrevista à agência Lusa, no contexto dos 20 anos da Casa da Música, no Porto, a presidente do conselho de administração, em funções desde setembro, disse acreditar na possibilidade do aumento do financiamento público, que deveria acompanhar a inflação.

“Quero acreditar que possa evoluir também porque as necessidades são maiores e o valor tem de acompanhar a inflação. Estamos a receber o mesmo valor há muitos anos. Gostava de acreditar que sim, mas também sei que o Estado dá o que pode e acha adequado à Casa da Música, mas temos de fazer um esforço interno para melhorar quer a parte do Estado quer a parte dos privados. Isso é um desafio permanente, como em qualquer outro sítio”, afirmou Isabel Furtado.

A Casa da Música recebe anualmente uma verba de 10 milhões de euros do Ministério da Cultura, de acordo com o estipulado no decreto que criou a fundação e estabeleceu os seus regulamentos, em 2006.

O valor sofreu um corte de 30% durante os anos da ‘troika’, que foi revertido de forma gradual a partir de 2017 até regressar aos 10 milhões em 2021.

Isabel Furtado pretende aumentar o número de fundadores, mecenas e patrocinadores: “Angariar mais fundadores depende muito de que os fundadores se revejam na Casa da Música em termos de ‘eu estou aqui a entregar verbas também quero ter ‘accountability’ do que lá é feito’”.

“Isso é um trabalho interessante, é um trabalho que tem de ser feito, é um trabalho do qual a Casa da Música cada vez vai depender mais e temos mesmo de aliciar e provar a quem quer investir em Cultura que a Cultura tem de fazer parte das nossas vidas, tem de fazer parte de qualquer instituição, de qualquer empresa”, afirmou a empresária, também presidente executiva da TMG Automotive, de Vila Nova de Famalicão.

A primeira mulher a presidir ao conselho de administração da Casa da Música lembrou que as empresas têm uma obrigação social de apoiar a comunidade local, algo que pode ser feito através da Cultura, pelo que a fundação tem de “provar que todo o investimento que se faz na música, que se faz nos jovens através da música, tem um retorno muitíssimo grande para a sociedade”.

De acordo com dados patentes no ‘site’ da Casa da Música, os valores de mecenato e patrocínios atingiram em 2023 os números mais baixos desde, pelo menos, 2007, fixando-se em 1,2 milhões de euros, com a maior quebra a sentir-se no primeiro ano de pandemia de covid-19, em 2020, quando passaram de dois milhões para 1,4 milhões de euros.

A Casa da Música começou a ser construída em 1999, como um projeto inserido na Capital Europeia da Cultura de 2001, mas acabou por ser inaugurada oficialmente em 15 de abril de 2005.

Na terça-feira, dia em que se assinalam os 20 anos exatos desde a abertura oficial, vão acontecer “flash concerts” no Mercado do Bolhão, no Hospital de S. João (reservado a utentes da ala pediátrica e aos funcionários), na Reitoria da Universidade do Porto e nas estações de Metro da Casa da Música e da Trindade.

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