AD, Chega e IL querem privados e setor social num sistema nacional de Saúde, mas CDU defende aposta no SNS

AD, Chega e IL querem privados e setor social num sistema nacional de Saúde, mas CDU defende aposta no SNS
Foto: Pedro Benjamim | Porto Canal
| Política
Porto Canal

O debate que juntou os cabeças de lista pelo círculo eleitoral do Porto da AD - Coligação PSD/CDS, do Chega, do Iniciativa Liberal e da CDU, olhou para a saúde com foco nas Parcerias Público-Privadas (PPP).

Paulo Rangel, cabeça de lista da AD - Coligação PSD/CDS, defende que o relançar das PPP permite usar “toda a capacidade instalada, seja do setor social, seja do setor privado, porque aos portugueses não interessa saber se são atendidos no Serviço Nacional de Saúde público ou no sistema nacional de saúde privado”.

Para o ainda ministro dos Negócios Estrangeiros, esta medida “poderá vir a aliviar a pressão que existe, e que existe em particular nas urgências, no atual quadro que temos”.

Já Rui Afonso entende que “o Estado não pode ser o gestor de tudo, não pode ser especialista em gerir tudo”.

“Consideramos que é importante, cada vez mais, que haja a integração das unidades privadas e também do setor social e começar-se a pensar mais no sistema nacional de saúde e não tanto no Serviço Nacional de Saúde”, defende o cabeça de lista do Chega pelo círculo eleitoral do Porto.

“A prioridade na Saúde deve estar sempre em torno do utente. Sempre. Não em torno dos dirigentes, não em torno das clientelas, mas em torno do utente e é, por isso, importante garantir que os cuidados de saúde são prestados da forma mais rápida possível, da melhor forma possível, porque muitas vezes, especialmente à esquerda, confunde-se esta função do Estado de garantia do acesso aos cuidados de saúde com a prestação dos cuidados de saúde e uma coisa não implica a outra”, defende o cabeça de lista do Iniciativa Liberal.

Carlos Guimarães Pinto aponta ainda que “permitir que a prestação possa ser expandida aos vários setores, ao setor privado e ao setor social, é aquilo que faz com que a garantia de acesso a cuidados de saúde seja feita de forma eficaz”.

Em sentido inverso, Alfredo Maia, do Partido Comunista Português, olhou para o exemplo do Hospital de Braga. “Enquanto foi uma parceria público-privada os casos mais complicados vinham ‘de requitó’ para o hospital de São João. A verdade é que não foram investidos ali os meios, os recursos e as instalações adequadas e é preciso investir 44 milhões de euros para ampliar a capacidade em termos de cirurgia. Ora, em vez de fazer esse investimento, o que é que os governos têm vindo a fazer é entregar à hospitalização privada um terço das suas cirurgias e mesmo consultas, ou seja, em cada ano, 19 milhões de euros que são consumidos nesta opção em vez de fazer investimentos de fundo”, frisou o cabeça de lista pelo círculo eleitoral do Porto.

Alfredo Maia defende que a “opção de parceria público-privada está longe de corresponder à opção correta no sentido de garantir à populações o melhor serviço com toda a qualidade a começar nas situações de emergência”.

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