Sete palmeiras "sem hipótese de recuperação" abatidas no Passeio Alegre no Porto

Sete palmeiras "sem hipótese de recuperação" abatidas no Passeio Alegre no Porto
Foto: Laszlo Daroczy
| Porto
Porto Canal/ Agências

Sete palmeiras-das-canárias "sem hipótese de recuperação" estavam a ser abatidas, esta sexta-feira, na Avenida D. Carlos I, na zona do Passeio Alegre (Foz), no Porto, de acordo com informação oficial do município.

De acordo com publicações nas redes sociais, estavam esta sexta-feira a ser abatidas palmeiras na Avenida D. Carlos I e, questionada pela Lusa, fonte oficial da Câmara do Porto remeteu para uma informação oficial no 'site' da autarquia, dando conta do abate das árvores.

Na nota informativa, a autarquia refere que a intervenção está relacionada com "trabalhos de controlo do escaravelho-vermelho da palmeira, 'Rhynchophorus ferrugineus'", que atacam as árvores.

Os ataques levaram "ao abate de sete (7) palmeiras-das-canárias, por se encontrarem já algum tempo em estado de senescência sem hipótese de recuperação".

De acordo com a autarquia, "ataques severos da referida praga nos últimos anos destruíram por completo o único meristema apical de várias palmeiras da espécie 'Phoenix canariensis', muito procurada por questões de palatabilidade do palmito".

A "necessidade de intervenção ao nível do abate" acontece "no seguimento do Processo de monitorização do estado fitossanitário e biomecânico do património arbóreo municipal", refere.

A intervenção estava prevista para o período entre a quarta-feira e hoje, referindo o município que "tem desenvolvido múltiplas ações no âmbito da proteção e valorização do património arbóreo público municipal".

Em fevereiro, a Câmara do Porto lançou um concurso público para a aquisição de 12 palmeiras para substituir as que sucumbiram devido ao escaravelho-vermelho no jardim do Passeio Alegre, Avenida Dom Carlos I e Praça dos Leões.

Em resposta à agência Lusa, o município esclareceu que o concurso destina-se “à substituição dos exemplares que sucumbiram e não recuperaram dos sucessivos ataques da praga do escaravelho-vermelho”.

"A espécie de palmeira das canárias é muito suscetível ao ataque do escaravelho-vermelho, que ataca por questões de palatabilidade o único meristema apical que detém, pelo que se torna necessário a sua manutenção e controlo da praga", salienta.

Com um preço base de cerca de 63 mil euros, o concurso visou a aquisição de 11 palmeiras com quatro ou mais metros de altura e uma com cinco ou mais metros.

Estas palmeiras irão substituir os exemplares que sucumbiram na Praça dos Leões, mas também no jardim do Passeio Alegre e na Avenida Dom Carlos I, onde o alinhamento de palmeiras junto ao rio Douro é classificado de interesse público.

À Lusa, a Câmara do Porto adiantou que, desde 2020, tem vindo a acompanhar o estado fitossanitário e proceder ao tratamento biológico de 130 palmeiras distribuídas pela cidade.

Desde então foram efetuadas mais de 8.000 intervenções.

Em 2023, a Câmara do Porto realizou 1.599 intervenções nas palmeiras da cidade, numero inferior a 2022 devido à aplicação de um novo tratamento biológico.

A verificar-se o sucesso deste método de combate ao escaravelho-vermelho, o número de intervenções poderia ser reduzido para “cerca de 400 por ano”, avançou na altura o município à Lusa.

Em 2022 foram realizadas 2.535 intervenções e em 2021 e 2020, 1.869.

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