Executivo do Porto chumba proposta de plano do Bloco de Esquerda para a Rua de Costa Cabral

Executivo do Porto chumba proposta de plano do Bloco de Esquerda para a Rua de Costa Cabral
| Porto
Porto Canal / Agências

A Câmara do Porto chumbou esta segunda-feira a recomendação do BE para a criação de uma proposta para a Rua de Costa Cabral que sugeria um debate público, um plano para a zona e o evitar da sobrecarga automóvel futura.

A proposta do BE, noticiada pela Lusa na sexta-feira, foi rejeitada com votos contra movimento independente "Rui Moreira: Aqui Há Porto" e PSD, abstenção do PS, e a favor do BE e CDU.

Na discussão do ponto, que gerou alguma tensão entre o vereador do BE, Sérgio Aires, e o vereador do Urbanismo, Espaço Público e Habitação da Câmara do Porto, Pedro Baganha, o último considerou que "a Rua de Costa Cabral só terá uma solução definitiva quando as operações urbanísticas que estão no tardoz da escola e do Académico, construindo o arruamento paralelo que vai permitir desafogar este troço", forem concluídas.

Quanto à eventual sobrecarga rodoviária causada pelos processos urbanísticos em curso, Pedro Baganha considerou que "o que se tem de fazer é cumprir o Plano Diretor Municipal [PDM], nem mais nem menos", que estabelece que num troço a menos de 500 metros de uma estação de metro "é estabelecido um valor máximo de estacionamento para as funções não residenciais, e um valor mínimo para as funções residenciais" de um lugar por fogo.

"Continuamos a acreditar que o estacionamento, ou que as opções de estacionamento perto de meios de transporte, nomeadamente do metro, não se devem fazer no centro da cidade, porque isso apenas leva a que os automóveis continuem a entrar e a circular na cidade até aos espaços de estacionamento", referiu Sérgio Aires.

Assim, considerou que a alternativa mais interessante "e a que é levada a cabo por muitas outras cidades, é precisamente deslocalizar o estacionamento para fora da cidade ou para as portas da cidade" onde haja "muitas opções, de metro em particular, e de outros transportes também".

Já Pedro Baganha defendeu que "não fará qualquer sentido afastar o estacionamento" das famílias das suas próprias casas, pois "ainda têm automóveis e vão continuar a tê-los", considerando que "não é possível conceber a vida atual sem um automóvel familiar, pelo menos".

Sérgio Aires referiu que o BE propôs "ir mais longe do que já tem sido feito", pois "promover um diálogo público não é apenas com o Académico ou as escolas", mas também com os comerciantes "e com a preocupação de, coletivamente, encontrar soluções", e quanto à questão do estacionamento em particular, afirmou que "não foi à toa que o BE votou contra o PDM".

O vereador do BE sustentou que "o problema de trânsito ali não tem a ver com moradores, e o estacionamento também não", tendo anteriormente referido que também "não é exclusivamente um problema de velocidade, são muitos outros".

"Não me parece que seja necessário fazer testes de velocidade ali quando já tivemos os acidentes que tivemos. Francamente, com todos os acidentes que já houve ali e atropelamentos é suficiente, do ponto de vista empírico, para podermos optar por fazer alguma coisa para reduzir esse risco", defendeu o vereador do BE.

A Câmara do Porto vai avaliar a velocidade dos veículos num troço da Rua de Costa Cabral entre a Rua de Silva Tapada e a Rua do Relógio para aferir se existe "um problema de excesso de velocidade" e se será necessário implementar medidas, noticiou a Lusa em 18 de março.

Os serviços municipais acrescentam ainda que, a justificar-se, a solução poderá passar pela "colocação de almofadas redutoras de velocidade junto de passadeira".

Anteriormente, a autarquia já tinha estimado ser possível mitigar a médio prazo os conflitos de uso num troço da Rua de Costa Cabral, através da utilização de uma rua paralela para a largada de passageiros de instituições desportivas e escolares.

+ notícias: Porto

Nomeação da nova administração da Metro do Porto fica para o próximo Governo

A nomeação da nova administração e o lançamento do concurso para a nova subconcessão do Metro do Porto serão decididos pelo próximo Governo, já que o atual está em gestão, disse à Lusa fonte do Ministério das Infraestruturas.

Casa da Música recebeu 3,8 milhões de pessoas em 20 anos de atividades

A Casa da Música, no Porto, realizou mais de seis mil concertos e acolheu 3,8 milhões de espectadores e participantes, tendo encomendado mais de 300 obras musicais, anunciou esta quarta-feira a instituição, num balanço dos 20 anos de vida.

Investigadores criam 'stents' inteligentes para prevenir acidentes cardiovasculares

Investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) desenvolveram ‘stents’ com sensores que produzem energia, em função de variações de temperatura corporal, que ajudam a prevenir acidentes cardiovasculares e a salvar vidas, anunciou esta quarta-feira a FCUP.