Petição pela reativação da Linha do Corgo entre Régua e Chaves chega ao Parlamento 

Petição pela reativação da Linha do Corgo entre Régua e Chaves chega ao Parlamento 
| Norte
Porto Canal/Agências

Uma petição em defesa da reativação da Linha Ferroviária do Corgo, entre a Régua e Chaves, foi subscrita por 1.068 pessoas e já foi entregue na Assembleia da República, onde irá ser discutida, foi esta terça-feira divulgado.

O texto da petição salienta que a reabertura total da Linha do Corgo é “um projeto de elevado impacte positivo na economia e no bem-estar desta região, das suas gentes e das suas empresas, permitindo criar uma nova mobilidade amiga do ambiente e assim fomentar a coesão do território”.

Esta linha ferroviária foi encerrada em duas fases. O primeiro troço fechado foi entre Vila Real, Vila Pouca de Aguiar e Chaves, em janeiro de 1990, e depois, já em março de 2009, encerrou a ligação entre Vila Real, Santa Marta de Penaguião e Peso da Régua.

Este último troço foi encerrado no dia 25 de março de 2009, há precisamente 16 anos, por decisão do Governo PS de José Sócrates, que alegou razões de segurança. A notícia foi inesperada e deixou em choque as populações das aldeias que sempre viveram a ver passar os comboios.

O abaixo-assinado, já admitido na Assembleia da República, pede aos parlamentares que legislem “no sentido de confirmar a inclusão da reabertura total da Linha do Corgo, entre a Régua e Chaves, na versão final do Plano Ferroviário Nacional, alocando-lhe desde já as fontes/programas de financiamento e verbas necessárias que contemplem todas as fases da sua execução, desde o estudo de reabertura ao estudo prévio e de projeto, e bem assim das obras e equipamentos necessários à reativação e reposição dos serviços ferroviários subtraídos a esta região”.

Pede ainda que seja estabelecido “um cronograma de reabertura exequível mas conciso, calendarizando todas as fases do processo, num prazo que se coadune com a urgência e justeza desta obra, mas também com os prazos considerados aceitáveis para uma obra desta envergadura”.

O primeiro subscritor da petição, Daniel Conde, informou que agora se aguardam “os próximos passos”, numa altura em que o parlamento se encontra em dissolução e as eleições legislativas antecipadas estão marcadas para 18 de maio.

“Seja como for, a petição já está devidamente inserida nos trabalhos do parlamento e seguirá os seus trâmites, nesta e na próxima legislatura”, referiu.

O abaixo-assinado foi admitido na comissão de economia, obras públicas e habitação.

Em troços do canal desativado da Linha do Corgo, os municípios servidos pela antiga linha, criaram ou projetaram uma ecopista para caminhadas, passeios de bicicleta, entre outros. Em Vila Pouca de Aguiar, antigas estações também deram lugar a albergues que servem os peregrinos que fazem o Caminho de Santiago.

Na região são cada vez mais os que defendem a uma nova linha ferroviária que ligue o Porto, Vila Real, Bragança à rede de alta velocidade em Espanha.

No conselho de ministros da semana passada, o Governo aprovou o Plano Ferroviário Nacional e mandatou a Infraestruturas de Portugal (IP) para estudar vários investimentos ferroviários, incluindo, precisamente, a ligação de alta velocidade entre Porto/Vila Real/Bragança/Espanha.

De acordo com informação disponível no 'site' da Assembleia da República, qualquer petição admitida, subscrita por um mínimo de 1.000 cidadãos, é publicada na íntegra no Diário da Assembleia da República e os peticionários são ouvidos em audição na comissão, e se a petição for subscrita por mais de 7.500 cidadãos ou a comissão aprovar parecer nesse sentido, é apreciada em Plenário da Assembleia.

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