Deserto no metrobus continua e primeiros autocarros afinal não chegam este mês

João Nogueira
Os primeiros veículos do metrobus ainda não foram enviados e não deverão chegar em fevereiro, como tinha apontado a Metro do Porto inicialmente. Contudo, os prazos para o arranque da operação não derrapam, garante a empresa, que espera a entrega da encomenda do material circulante dentro do prazo acordado, até abril.
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O ano mal arrancava e era anunciado que os primeiros dois de 12 autocarros a hidrogénio do metrobus do Porto deveriam chegar no início de fevereiro. As viaturas, contudo, ainda não foram enviadas para o país, confirmou fonte da empresa ao Porto Canal, acrescentando que as mesmas devem ser transportadas de barco a partir da China.
O prazo para a entrega do material circulante para o metrobus, que ocupa a Avenida da Boavista e a Avenida Marechal Gomes da Costa, entre a Casa da Música e a Praça do Império, está acordado para abril. E o mesmo deverá ser cumprido, referiu a Metro do Porto
Ainda assim, a data de arranque da operação permanece uma incógnita.
Uma vez chegados os primeiros veículos, estes serão submetidos a um período de testes e de formação para os motoristas que deverão durar duas semanas, já tinha avançado a STCP anteriormente, uma vez que é a responsável pelos testes no canal.
Também incluída no contrato do fornecimento das viaturas está a construção de um posto de abastecimento de hidrogénio verde, na Estação de Recolha da Areosa, que vai alimentar os veículos e, consequentemente, a sua circulação.
Obra pronta desde setembro
A empreitada do metrobus foi dada como terminada pela Metro do Porto em setembro. A verdade é que o atraso dos autocarros está a prolongar um deserto no canal do metrobus que, durante este período está a servir de “ciclovia improvisada” para ciclistas e modos suaves.
Recorde-se que na Avenida Marechal Gomes da Costa, as estações estão ao centro, e tal obriga a que os autocarros que ali circulem tenham portas do lado esquerdo, sendo que os autocarros da STCP têm apenas portas à direita, e por isso, uma operação provisória foi retirada das possibilidades.