Projeto para a conservação e valorização do património natural em Estarreja
Porto Canal / Agências
A Câmara de Estarreja, no distrito de Aveiro, apresentou esta quinta-feira o projeto “ECO” que pretende construir uma visão comum para conservar e valorizar o património natural.
Os agricultores e estudantes, mas também as diferentes entidades relacionadas com o Baixo-Vouga Lagunar, vão ser convidados a dar contributos para uma visão comum.
As propostas para delinear uma estratégia de valorização do património natural são recolhidas através de sessões sobre o projeto, cuja primeira fase arranca no sábado e se estende até 06 de fevereiro, designadamente nas juntas de freguesia.
O projeto tem em conta “a elevada biodiversidade e a paisagem identitária, os valores culturais e de tradição”, mas o fracionamento do território em minifúndio, a proliferação de espécies invasoras e interesses, por vezes contraditórios, são desafios que se colocam.
Com o ECO, a Câmara de Estarreja tem como objetivos preservar os valores naturais, integrar diferentes interesses e criar uma estratégia de gestão do território sob uma visão comum.
“Queremos, conjuntamente com todos que podem ser os atores principais neste projeto global, fazer com que a nossa Natureza produza ainda mais do que aquilo que produz, nomeadamente em termos económicos e sociais”, assume o presidente da Câmara, Diamantino Sabina.
O ECO – Estarreja Colaborativa e Orientadora é uma iniciativa de caráter participativo e integrada no projeto europeu TRANS-lighthouses, onde foi colher “as principais ideias orientadoras”.
“Nós temos um potencial enorme aqui no concelho de Estarreja, com o Baixo Vouga Lagunar e os seus terrenos agrícolas”, declarou Diamantino Sabina, secundado peka vereadora do Ambiente, Isabel Simões Pinto, que assume tratar-se de um projeto “ambicioso”.
“Vem marcar uma mudança, apostando na governança colaborativa onde, com o envolvimento dos parceiros todos, pretendemos também construir políticas públicas inovadoras”, disse.
“Não pode haver conservação da Natureza sem que as pessoas sejam envolvidas no processo de gestão e de preservação, e esse é um dos grandes objetivos deste projeto” finalizou.