Vai haver um elevador a ligar o Palácio de Cristal à Restauração no Porto
Ana Francisca Gomes
Em 2026, os jardins do Palácio de Cristal vão passar a ter um elevador para a Rua da Restauração, que liga o Jardim da Cordoaria à marginal do Porto.
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“A construção de uma estrutura, que incluirá um elevador, vai unir os dois espaços da cidade, situados em cotas adjacentes, mas separados por um declive acentuado”, informou a autarquia portuense num comunicado enviado às redações.
O concurso público para a empreitada foi lançado no passado dia 9 de janeiro pela empresa municipal Go Porto e tem um valor base de mais de 2,2 milhões de euros. As propostas podem ser submetidas até 22 de fevereiro e o prazo estimado de execução da obra é de um ano, o que significa que a nova estrutura só estará funcional em 2026.
“Esta nova ligação entre o Palácio de Cristal e a Rua da Restauração reforça a estratégia do município de promover a pedonalização e a humanização do espaço público no centro histórico da cidade, fomentando a inclusão, o desenvolvimento e a valorização cultural”, indicou a empresa.
Esta estrutura é já a segunda obra de um projeto municipal denominado “Ligações Mecanizadas | Percursos Pedonais” que tem como objetivo “melhorar o acesso da população e dos visitantes a espaços de grande relevância”.
Rolam, mas pouco
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A primeira obra foi a da instalação de escadas rolantes na zona histórica de Miragaia, que originou algumas queixas dos moradores, como noticiou o Porto Canal há cerca de um ano. À data, os portuenses ouvidos afirmavam que, apesar de úteis, as escadas fazem muito barulho e são alvos de constantes avarias.
Desde a zona da Alfândega até ao cimo do Monte dos Judeus, as escadas rolantes finalizadas em 2020 servem, sobretudo, os turistas que por ali passam, até porque “moradores já há poucos”, dizia Sandra Coutinho, uma das moradoras que se queixa das avarias constantes do equipamento.
“Isto está sempre avariado. Sempre, sempre, sempre”, queixava-se outra moradora, apesar de salientar a importância da obra, sobretudo na ajuda que dá, quando vai às compras.
No entanto, Marília Cardoso lamentava que haja “um senhor ao cimo das escadas” que as desliga de tarde, “quando a esposa está a dormir”.
O grande problema, contava à época, é que sempre que as escadas são desligadas, é necessária a deslocação de um técnico para que o equipamento volte a funcionar. Este transtorno, aliado às sucessivas avarias, faz com que as escadas do Monte dos Judeus parem de rolar várias vezes por semana.