Município de Albergaria-a-Velha vai intervir nas zonas afetadas pelos incêndios
Porto Canal / Agências
O município de Albergaria-a-Velha publicou no seu 'site' um aviso aos proprietários florestais de que vai promover "ações de estabilização de emergência e reabilitação de linhas de água", na sequência dos incêndios de setembro.
Essas ações compreendem “o abate e eliminação de árvores afetadas, remoção de árvores afetadas com valor comercial residual, destruição de cepos, disposição no terreno do material lenhoso em faixas para efeitos de minimização da erosão, aproveitamento da regeneração natural e controlo de espécies invasoras lenhosas”, segundo a publicação esta terça-feira consultada pela Lusa.
Em edital, o presidente da Câmara, António Loureiro, justifica essa forma de notificação porque "não foi possível contactar a totalidade dos proprietários, arrendatários ou usufrutuários dos terrenos afetados” pelos incêndios rurais de setembro.
A publicação do edital, datada de quinta-feira, é relativa a terrenos florestais nas Freguesias de Albergaria-a-Velha e Valmaior, Alquerubim, Angeja, Branca, São João de Loure e Frossos e Ribeira de Fráguas.
“O município de Albergaria-a-Velha irá promover ações de estabilização de emergência e reabilitação das linhas de água, rede secundária de faixas de gestão de combustível e da rede viária florestal”, informa.
Segundo o edital, “as ações de estabilização e reabilitação serão efetuadas numa faixa de 100 metros em redor das áreas edificadas e da Zona Industrial”.
Serão igualmente efetuadas “numa faixa de cinco metros para cada lado das linhas de água e ao longo da rede viária”.
Para a recuperação das linhas de água não permanentes afetadas pelos incêndios “serão efetuados trabalhos de limpeza das margens, incluindo o corte do material lenhoso ardido, e a remoção de detritos que possam criar obstáculos ao normal escoamento no curso de água”.
Prevista está também a instalação de barreiras de resíduos florestais, troncos segundo as curvas de nível utilizando mantas orgânicas ou geotêxteis, e abertura de regos segundo curvas de nível.
Os trabalhos compreendem ainda “a desobstrução de passagens hidráulicas e aquedutos para drenagem das águas pluviais e a construção de pequenas estruturas de contenção transversal nas linhas de água com pedras e troncos, por forma a diminuir os efeitos erosivos e a deposição de material”.
Quanto à rede viária florestal, “serão efetuados trabalhos de recuperação do pavimento, nivelamento, recuperação e limpeza de valetas existentes destruídas por via da ocorrência do incêndio”.
“As operações de estabilização e reabilitação terão início após conclusão do processo concursal em curso, podendo estender-se para o ano de 2026”, esclarece.