Faculdade de Letras ganha novo edifício em 2026 pela mão do arquiteto do Terminal de Campanhã
Ana Francisca Gomes e João Nogueira
A Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP) passará a contar com um novo edifício em meados de 2026. O espaço, cujas obras tiveram início em novembro e estarão terminadas em maio de 2026, terá cinco pisos e dois deles “serão exclusivamente dedicados a acolher a atividade das oito unidades de investigação sediadas na faculdade”, informou o gabinete de comunicação em resposta ao Porto Canal.
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O novo espaço, que vai nascer entre o edifício principal da FLUP e a Residência Universitária Novais Barbosa, terá ainda um átrio, dois auditórios, um dos quais com 400 lugares, e uma nova área de cafetaria com um terraço, uma reivindicação já antiga dos alunos.
O “Edifício FLUP I&D” é da autoria de Nuno Brandão Costa, o mesmo arquiteto responsável pelo Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) e pela remodelação
da Quinta do Mitra.
No dia da assinatura do documento de consignação da obra, o arquiteto caracterizou “o estilo minimalista e iluminado do novo edifício”, que tem “inspiração Bauhaus apresentando uma imagem neutra e horizontal que, transversalmente, se vai enquadrar e destacar no ambiente da Faculdade de Letras”.
A empreitada representa um investimento de 5,06 milhões de euros.
Universidade do Porto expande-se
O novo edifício da Faculdade de Letras é um dos inúmeros investimentos que a Universidade do Porto tem a decorrer atualmente.
Tal como o Porto Canal já havia noticiado, está previsto um novo campus tecnológico para os terrenos da antiga refinaria da Galp, em Leça da Palmeira. Vai ocupar cerca de 50 hectares e terá capacidade para acolher 15 mil pessoas.
O espaço destinado às engenharias e ciências vai nascer nos terrenos da refinaria, mas também numa área que ladeia com a estrutura da Galp, do lado oposto da Rua Belchior Robles.
Também está prevista uma expansão da Academia até Gondomar. Em declarações ao Porto Canal, o reitor António Sousa Pereira garantiu que a ideia não está esquecida e que a expansão da área das Artes e Humanidades para aquele concelho deverá mesmo ser uma realidade.
Ainda não há projeto, mas há uma ideia estratégica do que pode ser feito. A instalação da instituição de ensino superior no concelho gondomarense deve ir mesmo até à Casa do Desenho de Júlio Resende, disse o reitor.
Além disso, também é recente a intenção da Universidade do Porto em investir mais de sete milhões de euros na recuperação e construção dos complexos desportivos da Boa Hora e Asprela para que, até 2030, pelo menos 40% da comunidade científica pratique desporto.